O Governo do Maranhão está entre os
estados que deixaram de cumprir os compromissos de ajuste nas contas que foram
negociados com a União em troca da divisão dos recursos obtidos com a multa do
programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior.
De acordo com balanço que consta de
boletim sobre as finanças estaduais divulgado na quinta-feira, 17, pelo Tesouro
Nacional, apenas três Estados cumpriram todos os acordos. O repasse total da
repatriação foi de R$ 8 bilhões, sendo metade desse valor relativo à multa.
Os Estados inicialmente não tinham
direito ao valor da multa. Ou seja, o repasse da repatriação para eles ficaria
em cerca de R$ 4 bilhões apenas. Mas, diante das dificuldades financeiras, os
governadores pressionaram a equipe econômica e o presidente Michel Temer para
repartir os valores.
Para convencer o governo federal a
ceder esse dinheiro, os governadores assinaram o “Pacto da austeridade fiscal
pelo crescimento”, em que propuseram a elevação da contribuição previdenciária
de servidores para 14%, a implementação de um teto de gastos e a redução de
renúncias fiscais por meio da criação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF),
que recolheria no mínimo 10% dos benefícios concedidos.
Nenhuma – O governo
Flávio Dino (PCdoB) está entre os que não cumpriram nenhum dos compromissos
firmados no ano passado, apesar de ser o que recebeu um dos maiores volumes de
recursos da repatriação entre os Estados (R$ 568,9 milhões).
Além da gestão maranhense, também não
cumpriram nenhuma cláusula do paco os governos do Distrito Federal – cujo
governador, Rodrigo Rollemberg, foi o anfitrião de diversas reuniões para
discutir o tem – de Minas Gerais, que vive situação financeira delicada, e de
São Paulo.
Também não houve providências.
Situação idêntica vivem Amazonas, Mato Grosso, Pará, Paraná e Roraima. Outros
três Estados não forneceram informações. Cumpriram o compromisso integralmente
os estados do Ceará, Piauí e Rio de Janeiro.
A adoção de medidas de austeridade
pelos Estados é considerada necessária diante do quadro de avanço nas despesas,
principalmente com pessoal e previdência de servidores.
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