Há seis anos o Maranhão lidera a lista de conflitos
no campo, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra. Ano passado, 13 pessoas
morreram no estado e os conflitos, ameaças e emboscadas continuam.
Assim, sob pressão de grileiros vivem milhares de
famílias, segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica
no Maranhão.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirma que no
ano passado foram registrados conflitos em 75 municípios do Maranhão. Treze
pessoas que viviam sob ameaça foram assassinadas.
A coordenadora da CPT no Maranhão, Márcia Palhano,
diz que o órgão exige medidas do governo em relação aos conflitos e emboscadas.
“A gente exige que sejam tomadas medidas urgentes do Estado com respeito a
essas ameaças que estão sofrendo os camponeses”.
Cápsulas recolhidas em povoados de Formosa da Serra
Negra e Grajaú provam a tensão que tomou conta de comunidades rurais. O caso
foi denunciado por ofício pela Comissão Pastoral da Terra à Secretaria de
Segurança Pública.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB
Maranhão, a equipe seguiu assim mesmo. E se não fosse a proteção de policiais
civis de Grajaú, o plano dos pistoleiros teria sido colocado em prática. Um
homem trocou tiros com a polícia e foi preso.
De acordo com o levantamento feito pela Comissão
Pastoral da Terra, o suposto pistoleiro Elailson da Silva Adriano, conhecido
como galego responde a três processos. Dois na comarca de Tuntum, por roubo,
uso de arma de fogo, cárcere privado e homicídio e um em Joselândia, por porte
ilegal de armas.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB
no Maranhão, Rafael Silva, pontua que é preciso punir os responsáveis pelos
crimes contra os camponeses no interior do estado. “Nós esperamos também que o
contratante desse pistoleiro seja responsabilizado criminalmente. Nós não
podemos admitir que os camponeses continuem a ser tratados com essa extrema
violência e com ameaças de morte. Nós estamos com pessoas ameaçadas de morte
que moram há décadas naquele local”, finalizou.
Sobre o assunto, o governo do estado disse que
criou a Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Violência no Campo para diminuir
estes registros e disse que conta ainda com programas de proteção às
comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas que sofrem ameaças.
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