As
mudanças nas regras eleitorais em 2018 terão desfechos inusitados para
candidatos a deputados estaduais e federais. O “Distritão”, que garante a eleição
apenas dos mais votados, independentemente do partido ou coligação, impede, por
exemplo, que parlamentares sejam eleitos com poucos votos, carregados pelos
chamados puxadores de voto.
Para se
ter uma ideia do impacto da mudança, se a regra tivesse sido posta em prática
em 2016, quatro dos atuais vereadores de São Luís – Edson Gaguinho (PHS),
Genival Alves (PRTB), Cézar Bombeiro (PSD) e Silvino Abreu (PRTB) – não teriam
sido eleitos.
Com o
“Distritão”, esses quatro perderiam o lugar para Pastor Paulo Luiz (PRB),
Sebastião Albuquerque (PRP), Paulo Victor (PROS) e Armando Costa (PSDC), bem
mais votados.
Outro
impacto do “Distritão” em 2018 será na formação de alianças e coligações. Já se
especula, por exemplo, que o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry,
pode até deixar de ser candidato, para evitar suplência a adversários. É que
Jerry seria candidato para puxar votos e formar uma bancada de suplentes do seu
partido, o PCdoB, voltando à secretaria, em caso de reeleição de Flávio Dino,
garantindo mais um deputado governista.
Com a
nova regra, ele não tem garantia de que seu suplente seja um aliado. E tudo
pode mudar.
Coluna Estado Maior
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