terça-feira, 14 de janeiro de 2014

UM FIM DE SEMANA EM SANTA CLARA



O casal amigo, o sargento, cantor e compositor Gilvan Mocidade e a empreendedora Gracy, recém casados, queria como parte de sua lua de mel, conhecer algum lugar tranqüilo para passar o fim de semana e levar consigo a cunhada e filha – Jane e Larissa - vindas de Roraima e também, a sogra, a simpática e extrovertida dona Graça. Falei que iria para Santa Clara, povoado pertencente ao complexo de ilhas de Humberto de Campos, e ele topou levar seu povo até lá. Saímos na sexta-feira, as quatro da matina, em seu carro de passeio, um Logan.

Gilvan e sua trupe
Paramos para um café na cidade de Morros, o dia já estava claro e as oito chegamos na cidade.  Procuramos um lugar para guardar um carro com o intuito de pegar um veículo tracionado, daqueles que fazem linha em terrenos irregulares, mas fomos informados que a estrada estava boa e que o nosso transporte, chegaria tranquilamente na ilha. Pegamos a estrada, uma carroçal de barro branco, que pelo castigo do verão, totalmente compactada e trafegável, quatro pontes de madeira, uma paisagem variada, com vegetações alternadas e um cheiro intenso de mangue e vida.

Quarenta minutos depois, estávamos na ilha de Santa Clara. Fomos recebidos com muita alegria e festa pela professora Tânia Correa que nos ciceroneou durante toda a nossa estada. Bebemos algumas cervejas, uísque, cachaça e saímos para a beira da praia e assim conhecer toda a ilha, um pequeno pedaço de terra, com pessoas simples e linguajar castiço, que se sustentam da pesca de camarão, sarnambi, sururu e peixe de alto mar, navegando sempre em bianas e lanchas, embarcações que lotam a beira da praia.

Igrejimja de santa Clara
Santa Clara é uma pequena Ilha, coberta de areia, sem nenhum trabalho político visível, onde a pesca é o forte, não tem vida noturna, a única festa no calendário é a justamente que leva o nome do povoado, tem uma igrejinha, um templo protestante, um colégio estadual/municipal que funciona nos três turnos,  alguns pequenos comércios de miudezas e alguns bares na orla. Como é verão e a areia fica muito quente, quase não se vê ninguém na rua.

Aproveitando para conhecer mais a vida daquele povo, comecei a fazer perguntas e a insatisfação é geral, principalmente com o vereador, o advogado Dr. Jam, que se elegeu com os votos da ilha e ainda não retribuiu essa confiança. Conversei com pescadores, com donos de bares, com crianças, com professores, com pessoas simples que vivem de tirar carne de caranguejo para ganhar uma miséria, com crianças que querem brinquedos e com anciãos que temem por sua saúde, pois o único posto que existe na ilha só funciona quando o responsável Adriano, quer. “ Se precisar de um atendimento no fim de semana, se não tiver um carro para levar para Humberto de Campos, a gente morre, porque o Adriano não trabalha no fim de semana”, disse uma senhora cheia de revolta. Tentei falar com o Adriano mas não o encontrei.

Jacidney, o injustiçado
Outra reclamação é sobre a água encanada, e mais uma vez apareceu como perseguidor, o vereador Dr. Jam, que acusado de auto-exonerar das funções de “faz tudo”, o autodidata  Jacidney, deixa a população constantemente sem o bem precioso. “ Só porque o Jacidney não votou nele, ele tirou o rapaz que sabe tudo de nossa ilha. Quando Jacidney falou com o prefeito Deco e o Deco mandou ele tomar de conta do poço, quando ele chegou lá, já tinham trocado os cadeados”, disse um evangélico com ar de irritação. Procurei o vereador e não o encontrei.


Mas a ilha de Santa Clara é uma beleza, seu povo é simples, hospitaleiro, divertido, sua praia é uma enseada, uma variação de areia e mangue, camarão a seis reais o quilo, peixe a vontade, caranguejo, paisagens paradisíacas e um sol exuberante, que só Santa Clara, tem uma luz igual.

Ova de Camurim
Gilvan Mocidade e Jane
Larissa
Dona Graça
Gracy
Bianas
Alegria
As minas

Camurim fresquinho
criancinha da ilha


Cangatan 
Rua de areia
Paraiso
Paraiso
Gilvan, jessica, Tânia, Gracy, Jane
Jessica, Gracy, Tania, Jane
Gilvan Mocidade e Zé Lopes
Pescadores na biana
Solidão dos urubus
Jessica, jane Tânia
Tânia, Zé Lopes e Gilvan Mocidade
Tainha frita


Camarão
Gilvan e o empresário Mário
Tânia e dona Sebá 

Paramos para um café na cidade de Morros, o dia já estava claro e as oito chegamos na cidade.  Procuramos um lugar para guardar um carro com o intuito de pegar um veículo tracionado, daqueles que fazem linha em terrenos irregulares, mas fomos informados que a estrada estava boa e que o nosso transporte, chegaria tranquilamente na ilha. Pegamos a estrada, uma carroçal de barro branco, que pelo castigo do verão, totalmente compactada e trafegável, quatro pontes de madeira, uma paisagem vaiada, com vegetações alternadas e um cheiro intenso de mangue e vida.

Quarenta minutos depois, estávamos na ilha de Santa Clara. Fomos recebidos com muita alegria e festa pela professora Tânia Correa que nos ciceroneou durante toda a nossa estada. Bebemos algumas cervejas, uísque, cachaça e saímos para a beira da praia e assim conhecer toda a ilha, um pequeno pedaço de terra, com pessoas simples e linguajar castiço, que se sustentam da pesca de camarão, sarnambi, sururu e peixe de alto mar, navegando sempre em bianas e lanchas, embarcações que lotam a beira da praia.

Santa Clara é uma pequena Ilha, coberta de areia, sem nenhum trabalho político visível, onde a pesca é o forte, não tem vida noturna, a única festa no calendário é a justamente que leva o nome do povoado, tem uma igrejinha, um templo protestante, um colégio estadual/municipal que funciona nos três turnos,  alguns pequenos comércios de miudezas e alguns bares na orla. Como é verão e a areia fica muito quente, quase não se vê ninguém na rua.

Aproveitando para conhecer mais a vida daquele povo, comecei a fazer perguntas e a insatisfação é geral, principalmente com o vereador, o advogado Dr. Jam, que se elegeu com os votos da ilha e ainda não retribuiu essa confiança. Conversei com pescadores, com donos de bares, com crianças, com professores, com pessoas simples que vivem de tirar carne de caranguejo para ganhar uma miséria, com crianças que querem brinquedos e com anciãos que temem por sua saúde, pois o único posto que existe na ilha só funciona quando o responsável Adriano, quer. “ Se precisar de um atendimento no fim de semana, se não tiver um carro para levar para Humberto de Campos, a gente morre, porque o Adriano não trabalha no fim de semana”, disse uma senhora cheia de revolta. Tentei falar com o Adriano mas não o encontrei.

Outra reclamação é sobre a água encanada, e mais uma vez apareceu como perseguidor, o vereador Dr. Jam, que acusado de auto-exonerar das funções de “faz tudo”, o autodidata  Jacidney, deixa a população constantemente sem o bem precioso. “ Só porque o Jacidney não votou nele, ele tirou o rapaz que sabe tudo de nossa ilha. Quando Jacidney falou com o prefeito Deco e o Deco mandou ele tomar de conta do poço, quando ele chegou lá, já tinham trocado os cadeados”, disse um evangélico com ar de irritação. Procurei o vereador e não o encontrei.


Mas a ilha de Santa Clara é uma beleza, seu povo é simples, hospitaleiro, divertido, sua praia é uma enseada, uma variação de areia e mangue, camarão a seis reais o quilo, peixe a vontade, paisagens paradisíacas e um sol, que só Santa Clara, tem uma luz igual.

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