Passado um pouco mais de 48 horas do anúncio do PSDB da capital maranhense, afirmando que o partido vai formalizar uma aliança com o pré-candidato do Podemos a Prefeitura de São Luís, deputado federal Eduardo Braide, o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB), que desejava disputar o pleito eleitoral, não se manifestou ainda.
Inicialmente é preciso dizer que Wellington não tem o direito e muito menos motivo, para ter alguma insatisfação, por menor que seja, contra Eduardo Braide.
Não só pelo fato de Wellington ter sido beneficiado de uma situação bem semelhante em 2016, envolvendo o PSB, como o Blog já relatou (reveja aqui), bem como pelo fato de Braide jamais ter cobrado do PSDB um acordo já firmado em 2018, também como este Blog já demonstrou aqui e aqui.
Wellignton tem três caminhos a seguir: ficar neutro nestas eleições; por coerência apoiar Braide ou Adriano Sarney (PV), já que ambos estão no seu mesmo campo político, ou manchar sua trajetória política apoiando um pré-candidato do “consórcio” do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), “consórcio” esse já criticado pelo próprio Wellington.
Além disso, e o mais importante, é lembrar que quem votaria em Wellington para prefeito de São Luís, votaria por acreditar no seu discurso de oposicionista contra a gestão do atual prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT) e do governador Flávio Dino.
Entre os pré-candidatos que estão postos, dois possuem o mesmo perfil de oposição aos dois gestores, Eduardo Braide e Adriano Sarney.
Sendo assim, é difícil imaginar que, por mais que Wellington decida voltar ao grupo de Flávio Dino, seus eleitores que estavam de acordo com o seu posicionamento de oposicionista, também mudem de perfil de pré-candidato e decidam votar em algum que represente uma continuidade de um grupo político que já comanda a Prefeitura de São Luís há 40 anos.
É aguardar e conferir, mas pela lógica, com Wellignton ou sem Wellington, os eleitores que acreditavam no seu discurso, tendem a migrar naturalmente para Eduardo Braide ou Adriano Sarney.