O diabetes mellitus tipo 1, assim como o tipo 2, é caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue, o que desencadeia uma série de complicações no organismo. Mas, nesse caso, a doença surge em geral na infância e na adolescência, traz sintomas como vontade urinar e perda de peso e tem origem autoimune. Ou seja, as próprias unidades de defesa do corpo passam a destruir o pâncreas, responsável pela produção de insulina. O tratamento, portanto, sempre envolve a reposição desse hormônio.
A insulina tem a função de abrir as portas das células para a entrada da glicose, que será convertida em energia. Esse processo nos mantém vivos. A consequência do diabetes tipo 1 é um acúmulo permanente de glicose na corrente sanguínea, o que causa uma porção de danos.
Entre as complicações, destacam-se:
- Lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e elevam o risco de infartos e AVCs
- Retinopatia diabética (danos à retina, o tecido no fundo do globo ocular, que levam à cegueira)
- Falência renal
- Neuropatia periférica (comprometimento dos nervos, que compromete a sensibilidade)
- Amputações devido a feridas não perceptíveis na pele, que são capazes de evoluir para gangrena
O diabetes tipo 1 é menos comum que o tipo 2. Estima-se que cerca de 10% de todos os casos da doença correspondam a essa versão do problema.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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