Bastou iniciar o primeiro dia de campanha, no último domingo, para ficar claro à sociedade, às autoridades de saúde e de vigilância sanitária, qual será o cenário em todo o estado até o dia 14 de novembro, quando será encerrado o período em que o candidato pode tentar convencer o eleitor do voto.
Com ações de rua, candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador de São Luís promoveram uma série de eventos públicos, com aglomeração e descumprimento de protocolos sanitários estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia da Covid-19.
Antes de iniciada a campanha, o discurso unânime dos candidatos era de que a pandemia iria impor uma situação atípica na disputa eleitoral, sem o corpo a corpo, ou seja, sem o contato mais próximo da figura política com o eleitor.
Alguns chegaram a sugerir uma espécie de campanha híbrida, com eventos com número limitado de participantes e divulgação destes, ao vivo, nas redes sociais.
Mas, ao que tudo indica, os próprios candidatos perceberam que a ausência de uma campanha massiva nas ruas e a falta de contato com o eleitor seria prejudicial para o projeto particular de cada um.
Daí, as aglomerações, o desrespeito ao distanciamento mínimo e a ausência de fiscalização por parte das autoridades.
Há o argumento de que o número de infectados e mortos pela doença diminuiu consideravelmente, o que justificaria o risco.
Contudo, é importante observar que a Covid ainda mata e, segundo especialistas, pode chegar a um novo pico e elevação de contágio, já que ainda não há vacinas para imunizar a população.
O que se pode observar é que não há respeito a um protocolo de enfrentamento da doença no período. Não há, também, sensibilidade por parte dos candidatos, afoitos pelo voto e pela possibilidade de mandato por 4 anos ininterruptos. E quem paga essa conta?
Estado Maior
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