segunda-feira, 25 de agosto de 2025

POESIA - SOMOS TANTOS: SOMOS - POR LERENO NUNES

 

SOMOS TANTOS: SOMOS TANTA

Lereno Nunes


Quando a sinonímia em parte exalta o fato:

Volúpia, dor e desprezo ao semelhante.

Ao íntimo, ao sofrer, nasce o destrato,

Por mal trato, de uma mente delirante.


A máscara invisível de um desejo,

Aos olhos despertados em ternura, 

Ignora a vista Isaura, em um lampejo,

E vê somente a face da ranhura!


Assim nascem Capitus,  arrebatadas,

Condenadas, renegadas, pobres, santas,

Ao convívio dos que julgam: sacripantas!

Jamais mostram suas páginas viradas! 


Neste círculo onde o ufano só aponta

Ao horror, destruindo sem cessar:

O amor como forma de afronta

E o desejo como o ensejo de matar.

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