O BOM DIA - QUE NUNCA CHEGA
Impressionante como algumas pessoas se revelam personagens dignos de teatro. Quando te encontram, parece até que você ganhou um prêmio Nobel: abraços efusivos, elogios exagerados, discursos emocionados — a festa é tanta que quase falta champanhe.
Mas na vida real, no dia a dia banal, essas mesmas figuras não conseguem digitar nas redes sociais duas palavrinhas mágicas: BOM DIA. Nem uma vez sequer em meses. É como se o gesto simples custasse caro, como se cada letra saísse com imposto de renda embutido.
No palco da convivência, fazem barulho; no silêncio do cotidiano, viram estátuas de mármore. Psicodélicos? Talvez. Contraditórios? Com certeza.
E a gente, cá entre nós, aprende uma lição valiosa: o tamanho do afeto não está no abraço de ocasião, mas na constância dos pequenos gestos. Porque quem não oferece nem um “BOM DIA”, dificilmente sustentará uma amizade inteira.
Paul Getty S Nascimento
poeta/compositor e membro da APL- Academia Pedreirense de Letras


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