domingo, 12 de maio de 2013




          Estão abertas as inscrições para o Concurso Musical de Toadas de Orquestra Prêmio Ruy Maranhão, produzido pela policia Militar do Maranhão. .  Compositores de todo o estado podem participar, lembrando que o festival é temático  e a pauta é Ruy Maranhão, “Músico Cantador”, ícone do nosso folclore, arranjador, trumpetista, cantor e compositor que morreu há poucos dias.  Das inscritas, 10 toadas participarão de uma final no dia 22 de junho durante o 12º arraial de São Sebastião, no Quartel Central da Policia Militar. As inscrições estão abertas até o dia 29 de maio e maiores informações pelo site WWW.pm.ma.gov.br



MAZELAS DE UM ANO ATÍPICO
          Quando 2013 chegou, cheio de novas energias, de esperanças renovadas, trazendo um novo momento politico, com promessas de mudanças e valorização da prata da casa, achei que era o momento de me reaproximar da minha cidade, dos meus amigos e por em prática alguns projetos e algumas idéias que tinha em mente, se não de dizimar, pelo menos amenizar a agonia em que sucumbia a nossa cultura. Na primeira reunião em que fui apresentado como colaborador, já senti entre alguns, aquela ponta de um sentimento ruim, um misto de inveja, ciúme, raiva, incômodo, como se eu tivesse nas mãos, a chave de um mundo, que nem porta tinha, mas que todos queriam entrar. Ninguém, mas ninguém mesmo, aparece no cenário cultural do estado, elevando o nome de sua terra e eu sim, e pago um preço tão alto por isso, que muitas vezes não sei se ainda vale a pena se dizer bacabalense. Nunca pensei, ter que responder a ofensas, a insultos, a injurias, a calúnias, a difamações e proferidas logo por quem!. Em meus artigos, nunca citei um nome e se o sujeito ficou oculto, foi apenas para me defender. Todos escrevem mal de mim e se eu me defendo, a coisa piora e sou ameaçado, achincalhado, julgado e condenado e hoje tenho que andar precavido e sem saber o destino do meu próximo passo. Um dia escrevi que tem pessoas que passaram por varias gestões para descobrir que o gestor não prestava, que burro que fui, hoje descobri que passei esses meus longos 49 anos para descobrir que o meu inimigo andava ao meu lado e sorria das minhas anedotas. Meu Deus, eu nunca quis ser mais do que sou, estou na minha melhor fase de produção. Passei por momentos tempestuosos, mas quem não passa? Longe de mim querer ser intelectual, longe de mim ser bajulador, talvez se fosse, não estaria trabalhando diuturnamente, de segunda a segunda. A minha geração está envelhecendo, está atordoada e o pior, está doente e acometida de uma patologia que não se cura com qualquer remédio, o medicamento é injetável e dói, e faz das noites longas, um tormento e a manhã vem sempre com cheiro de éter, entorpece e o novo dia é rotina, é velho e tudo começa do nada, segue ao nada e assim vai. No que conseguiram me transformar? num estorvo, numa persona non grata, num bobo da corte, num calo social e eu que só queria ajudar.  O que foi feito daqueles jovens, cabeças, poetas, bairristas, intelectuais. O que foi feito daqueles que se diziam meus amigos? O que foi feito daquele Zé que havia em mim, que sonhava, que idealizava, que projetava futuros? Aquele Zé, no presente, vive embrulhado em um passado, cheio de boas lembranças e um medo horrível do futuro. Não quero pra mim, nem pra ninguém, esse fogo cruzado, esse campo minado por granadas de palavras, esses tiros de injustiças, essa guerra fria, aquecida por bobagens. Ainda bem que esse atípico 2013, vai passando a galope e se prestarmos bem atenção, já estamos na metade do quinto mês e que ele se vá para que eu, com prazer, rasgue a última data da folhinha e o considere como um ano pra se esquecer. Se, como disse meu velho avô, Chico Moraes – “Bacabal dá e toma”, com o pouco que tenho, sigo feliz por saber que não foi Bacabal quem me deu e por isso não tem o direito de me tomar.
Um bom domingo


COMENTANDO... CANTORES 

ALCIONE

         Assisti, na Tv Gazeta, o programa "Todo Seu", do Ronnie Von, no dia dedicado a homenagear as mulheres que foram destaques.
Coincidentemente era o dia da Alcione, maranhense, 21 discos de ouro, homenageada com a Ordem de Rio Branco, várias vezes Prêmio Grammy Latino, Melhor Cantora de Samba pela Academia Brasileira de Letras. Um fenômeno no meio artístico.
A primeira vez que ouvi falar dela, estava em Belo Horizonte, morava numa república de estudantes, ali na Avenida do Contorno 17.777, vizinha de uma "zona". Naquele tempo não era perigoso morar naquelas "paradas", onde a "Hilda Furacão" fazia das suas.
Alcione se destacava, além de cantora, exímia no tocar trombone. O show foi de graça no Parque Municipal. Não pude ir, mas gravei o nome da artista, fiquei aguardando um momento de conhecê-la e ouvi-la melhor.
No show de Zezé Di Camargo e Luciano, "regado" a muita chuva (um verdadeiro toró), ela deu uma canja e cantou um de seus sambas. Mas, ainda não tive uma oportunidade de estar presente a um de seus shows aqui na capital de todos os maranhenses.
Muitos são críticos a esses cantores, "rotulam" como brega ou dos piores de todos os tempos. Eu, ao contrário, acho a marrom o máximo, muito afinada, vozeirão de dar inveja.
Lógico que entre os cantores, a gente sempre tem uma ressalva "negativa". Não esqueço a "esnobada" que sofri do Moraes Moreira lá em Ituaçu-BA, terra do cantor baiano. Eu era amigo do Eduardo, irmão do cantor, que me presenteou, na época, com uma fita cassete de músicas que seriam, ainda, lançadas em CD. Um privilégio "legado" a poucos. Deve ter sido um mal entendido. Um "caroneiro" que eu levava quase todo dia para Tanhaçu, amigo do cantor, cismou de me apresentar ao dito cujo. Só que a hora foi imprópria, o "homem" acabava de acordar e estava de pijama.
Quanto a Alcione, a minha "diferença" é porque conheço muito a Dindinha, que está na "casa" dos 100 anos, que mora com minha cunhada Ângela e madrinha de batismo de Alcione. Moro há 6 anos em São Luís, trabalhei em Pinheiro em 1985, e, nesse período nunca soube de uma visita de Alcione à sua madrinha. E Dindinha era cozinheira da família Sarney, que a requisitou muitas vezes para prestar serviços em Brasília, quando Sarney era Presidente da República.
E, segundo soube, Roseana tem mais consideração com Dindinha do que a afilhada.
Ressalve-se que Alcione tem uma amizade secular e siamesa com os Sarney e, vira e mexe, está em São Luís (a passeio ou a trabalho). Aqui é seu habitat.
Deixemos isso pra lá. 
O certo é que Alcione é a maior sambista e dona da melhor voz do samba. E destaque na Mangueira.
A gente tem que relevar essas "passagens" pouco lisonjeiras e compreender que artistas são seres incomuns, feitos para serem admirados, cortejados e paparicados, com direito a lampejos de estrelismo.
O resto...
É nunca deixar de "curtir" aquele vozeirão de dar inveja!




]
MAMÃE

E os últimos pingos
Que ainda caiam do telhado
Fazendo lembrar
A chuva de ontem
Eram como lágrimas
Que caiam dos meus olhos
Fazendo lembrar
A tua ausência para sempre.

Do livro  “CHÃO DE CONCRETO”, de Zé Lopes
                                    Serginho Panick, Tom Cleber, Paul Getty e Zé Lopes

                                    Zé Lopes, celso Borges, Nosly Junior e Mano Borges




O FOTÓGRAFO

Ventão fotógrafo,  em uma domingueira na União Artística e Operária Bacabalense, fotografou o então presidente Otomil. Dias depois, ao entregar a foto, Otomil reclamou barbaridades que não pagaria a foto pois saíra muito feio. Ventão olhou bem para Otomil, depois olhou bem para foto e bradou:
- Olha Otomil, eu só sou fotógrafo, eu não sou mágico!!!


SONETO PARA MINHA CIDADE

Hoje olho esta cidade nua
Procuro em meus amigos um alegre passado
Vejo um sofrimento neles estampado
E as vozes do sil~encio ecoam em minha rua.

Mesmo que a ação do tempo destrua
Cabe ao próprio homem evitar a ruína
Fazer do sentimento uma oficina
Com ferramentas que a reconstrua.

Sobre a noite cai uma tristeza
Teus ditos donos cheios de avareza
Mostram os seus verdadeiros rostos.

Teus filhos querem só o pão na mesa
E ter de volta a tua beleza
E ver os teus algozes todos mortos.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes


PEGADAS NA AREIA




Ao sair de uma reunião com vários artistas para tratarmos sobre o São João que se aproxima, encontrei um amigo que há muitos eu não via, o poeta e político Kicil. Conversamos um pouco e aproveitamos o tempinho para lembrarmos da infância e saborear um torradinho midubim (amendoim).




Nessa mesma balada, encontrei com uma conterrânea que também não via há tempos, a belissima Dra. Léa Costa. Ela que está sempre na mídia, me falou que é leitora assídua do nosso blog.


Visitei o compositor e cantor Gilvan Mocidade, que vem se recuperando bem de uma fratura no calcanhar direito. Na oportunidade aproveitei para perguntar sobre o São João ele me afirmou que saiu do Boi de Tajaçuaba e está estudando algumas propostas de outras brincadeiras, enquanto prepara a sua toada para o festival da PM.  



Acontece hoje no campo do Germano – Farmácias São Patrício – no Aririzal, mais um churrasco com a galera de Bacabal que mora na Ilha. Encabeçado pelo Dr. Itaguacy, figurinhas carimbadas como Dr. Fernando, Augusto, Desembargador Marcelo, Silinha, Henrique Nunes, Henrique Filho, Ezrael Nunes, Reinaldo, Arquimedes, Joacy, Kim, Waltinho Carioca, Paulo, Azul, dentre outros. A carne tem todo um tratamento especial e é assada ao ponto pelo empresário no ramo de restaurantes, Jackson Borges. 







HOJE NO CORREÃO AS 16:30