quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

NÚMERO DE HOMICÍDIOS CRESCE 460% EM 13 ANOS NO MARANHÃO


A barbárie nos presídios do Maranhão é o ponto alto de uma crise cujos sintomas já se revelavam desde a década passada nos dados de segurança do Estado. Entre o ano de 2000 e 2013, os homicídios em São Luís e na região metropolitana cresceram 460%. Foram 807 mortes em 2013. Contribuiu para a epidemia de violência o fato de o Maranhão ter a menor relação de policiais por habitante no Brasil. Há um policial para cada 710 moradores, proporção que em Brasília, a mais alta, é de 1 para 135 pessoas.

O descaso, a falta de vagas e de investimento no sistema penitenciário também já vinham sendo apontados pelas autoridades, como nos mutirões feitos pelo Conselho Nacional de Justiça. As penitenciárias são precárias e superlotadas. Há 1,9 preso por vaga no sistema maranhense, proporção que coloca as prisões do Estado no 7.º lugar entre as mais lotadas do País, índice semelhante ao de São Paulo.

Apesar da superlotação do sistema maranhense, contudo, o Estado tem 100,6 presos por 100 mil habitantes, a menor proporção do Brasil. "O modelo de segurança pública no Estado está falido", diz o advogado Luiz Antonio Pedrosa, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Maranhão. "As facções criminosas se formaram e conseguiram um amplo espaço para avançar em um Estado com problemas sociais dramáticos."

O problema da violência no Maranhão dentro e fora dos presídios se agravou a partir de 2010, quando foi anunciada pelos presos a criação do Primeiro Comando do Maranhão (PCM). A facção rival, Bonde dos 40, surgiu logo na sequência. O enfrentamento entre os grupos se acentuou nos meses seguintes, em um ambiente penitenciário sem controle, com uma frágil política de segurança pública.

Erro

A secretária estadual de Direitos Humanos e Assistência Social, Luiza de Fátima Amorim Oliveira, admite o que o governo errou. "Infelizmente, nós falhamos, houve um erro de gestão nesse sentido", disse ela, que foi ao enterro da menina Ana Clara de Sousa, de 6 anos, que estava em um ônibus incendiado por criminosos e teve 95% do corpo queimado.

Luiza afirma que, nesse momento, a ajuda do governo federal e de outros órgãos é fundamental. "Não tem como resolver sozinho essa situação. É preciso conjugar esforços, para que não aconteça mais", disse. O governo estadual tenta mostrar que faz a sua parte prendendo suspeitos de participar dos ataques a delegacias e a ônibus. "A repressão já está sendo feita. Os adolescentes (envolvidos nos crimes) foram presos."

Agora, segundo Luiza, é preciso cuidado para que não seja alimentada a espiral de violência, tanto nas prisões quanto nas unidades socioeducativas, onde o modelo de facções também se repete. "Quando eles (presos) ficaram cientes de que a Ana Clara morreu, começou uma retaliação, uma pressão interna contra esses adolescentes que estão lá. Então, nós tivemos de separá-los", diz.

Críticas


Nas prisões, parentes de suspeitos de participar da nova onda de ataques acusam o governo do Estado de fazer prisões arbitrárias só para dar uma resposta à sociedade. A cozinheira Lucicleide Melônio do Nascimento, de 39 anos, afirma que o filho dela, Luís Gustavo Melônio, 18, foi preso injustamente. Ele foi detido sob suspeita de atirar em uma delegacia no bairro São Francisco, em São Luís. "Ele já tinha carteira assinada, ia prestar concurso. Agora, apareceu em rede nacional, já foi condenado", disse. "E pode ser mais um morto, porque nós sabemos, o País todo sabe, o que acontece nos presídios do Maranhão."

EM CADEIA SUPERLOTADA NO MA, PRESOS COMEM ARROZ E GALINHA CRUA


"Quem dorme no chão está na praia". A "praia" descrita por Pedro (os nomes são fictícios), 33, porém, está bem longe do mar. Mar ali, apenas de gente. Muita gente.

A Folha visitou um dos presídios superlotados de São Luís. São cerca de 200 homens, o dobro da capacidade. Não integra o complexo de Pedrinhas, mas tem problemas similares aos do maior conjunto prisional do Estado, cenário de 62 mortes desde 2013.

Os detentos reclamam muito da realidade da cadeia, mas alguns temem a ideia de um dia voltar para Pedrinhas.

Ao passar pelos corredores, a sensação é a de uma bomba prestes a explodir. Pedro e os colegas mostram o espaço onde vivem: 13 dividem uma área onde, inicialmente, caberiam quatro.

Em seguida, demonstram o malabarismo para dormir. Deitam-se rentes aos outros no chão, sem nenhum forro. Dois dormem embaixo da base de concreto que serve de cama. Estas, com colchões, são divididas por dois presos em cada uma delas.

Depois da superlotação, a comida é, de longe, a principal queixa dos presos. Só há arroz e galinha. Pior: crua.

Daniel aponta para o chão e mostra uma chapa que funciona como fogão. "A gente precisa terminar de cozinhar pra conseguir comer", diz.

O mau cheiro local vem de uma mistura de fezes, urina e comida estragada. O calor forte só acentua a náusea.

O banheiro forma-se a partir de uma parede incompleta, na altura da cintura. Cobre-se o restante com panos.

RODÍZIO DE SOL

A falta de espaço impõe um rodízio até no banho de sol. Quem não poderá circular a céu aberto terá de ficar confinado na cela.

Em outro espaço visitado, presos se amontoam no corredor, onde desembocam para mexer um pouco as pernas.

"Aqui é um caldeirão do inferno. Mas eu não quero voltar pra Pedrinhas nunca mais. Ali, só Jesus", diz um detento. "Estão matando todo mundo lá, Deus me livre", completa outro.

“FALTA UMA AÇÃO DURA DO ESTADO”, DIZ DELEGADO LUÍS MOURA SOBRE INSEGURANÇA


Conhecido pela linha dura com que costumava conduzir as ações policiais sob seu comando, o delegado Luís Moura, hoje distante da mídia, apesar de ainda estar na ativa na Polícia Civil, comentou a onda de violência que ora se abate sobre o Maranhão, sobretudo em São Luís, com repercussão em todo o Brasil e até no exterior. Na opinião do experiente delegado, absolvido em 2012 no processo em que figurava como envolvido com o crime organizado, falta uma ação implacável do Estado para eliminar de vez a bandidagem, que se insurge com audácia crescente contra os cidadãos e até mesmo contra o sistema de segurança pública.

Em reunião que celebrou o aniversário do deputado estadual Manoel Ribeiro, Luís Moura não se furtou a comentar as ações criminosas e o desempenho da polícia no enfrentamento aos facínoras, que, entre tantas barbaridades, assassinaram uma menina de apenas 6 anos ao incendiar o ônibus em que ela viajava com a mãe e uma irmã menor, também feridas gravemente.

Luís Moura defendeu uma ação enérgica das forças de segurança pública. Para ele, só o rigor extremo levará os bandidos a um recuo. “Um cara como aquele que queimou a menina não poderia estar vivo”, chegou a comentar para uma plateia formada por políticos, empresários e outras pessoas de destaque na sociedade local.

O delegado sabe o que fala, pois comandou, no início da década de 90, a Operação Tigre, um dos esforços mais bem sucedidos do governo maranhense no combate ao crime em toda a história. O governador da época era o hoje senador João Alberto, que com ele divide a fama de ter pacificado o estado em um momento de profunda tensão.

Luís Moura aproveitou a ocasião para desfazer um equívoco em relação ao episódio. Segundo ele, a Operação Tigre foi ordenada pelo então governador Epitácio Cafeteira antes de passar o mandato ao vice, João Alberto, para disputar vaga no Senado. Segundo ele, coube a João Alberto executar a ideia, que só vingou porque o sucessor seguiu a orientação de Cafeteira à risca.

O delegado vem sendo instado pelos secretários de Estado de Educação, Pedro Fernandes, e de Esportes, Joaquim Haickel, a registrar sua trajetória policial em livro, com ênfase para a Operação Tigre. Se concebida, a obra, certamente, trará várias passagens interessantes, que poderão servir de lição para os que hoje comandam, sem muito sucesso, a segurança pública do Maranhão.




MESSI VOLTA, MARCA DOIS, E BARCELONA VENCE GETAFE PELA COPA DO REI



Quase dois meses depois de sofrer uma das lesões mais graves da carreira, o argentino retornou em grande estilo ao futebol, ao Barcelona, ao Camp Nou. Foram dele o terceiro e o quarto gols na vitória por 4 a 0 sobre o Getafe, na noite desta quarta-feira, pela fase de oitavas de final da Copa do Rei.

O clube catalão abriu vantagem sem a presença do argentino, que entrou quando o placar já mostrava 2 a 0, com dois de Cesc Fábregas.
Mas o público de 39 mil pessoas - o pior do clube nesta temporada - só vibrou e se envolveu mesmo quando o argentino entrou em campo, aos 19 minutos do segundo tempo.

A lesão no bíceps femural da perna esquerda não parece ter incomodado. Messi entrou em campo um tanto tímido. Depois, mais seguro, ele arriscou, deu mostras de sua habitual habilidade e capacidade técnica.

A partida, pelas oitavas de final da Copa do Rei, era marcada pela expectativa sobre o retorno do maior craque da equipe azul e grená. Fora dos gramados desde o dia 10 de novembro do ano passado, o argentino começou o duelo no banco.

Neymar, que estava relacionado até a manhã de quarta-feira, acabou cortado no dia da partida, devido a uma gastroenterite. Assim, o ataque do Barcelona começou a partida com Pedro, Alexis Sánchez e Cesc Fábregas.

Desde o início do duelo, o clube catalão mostrou-se dominante. A defesa, mesmo sem a formação titular - jogaram Pinto, Montoya, Puyol, Mascherano e Adriano -, não tinha problemas para conter o ataque do Getafe.
No meio, Busquets e Iniesta comandavam a linha de passe com a companhia de Sergi Roberto, substituto de Xavi, que foi poupado e só ficou no banco porque Neymar foi cortado.
O ataque tinha Pedro, Fábregas e Alexis Sánchez. Um trio que não demorou muito para funcionar. Aos 8 minutos, após ótimo cruzamento de Pedro pela direita, Fábregas tocou de cabeça para abrir o placar.

O que se viu a seguir, até os 30 minutos, foi o tradicional ritmo de toque de bola do Barcelona. Com Iniesta como maestro, a equipe de Tata Martino tocava sem que o adversário conseguisse fazer muito. Nos minutos finais da etapa inicial, o Getafe até criou chances, mas não conseguiu o empate.
A expectativa no intervalo era pela entrada de Lionel Messi, mas o Barcelona voltou ao campo com os mesmos 11 jogadores.

Aos 18 minutos, quando o argentino já se aquecia para voltar ao Camp Nou, o Barcelona marcou mais uma vez: Pedro foi derrubado na área, e Fábregas cobrou bem o pênalti para fazer 2 a 0.

A festa pelo gol, contudo, acabou ofuscada pela comemoração que veio um minuto depois, quando o camisa 10 pisou no gramado para substituir Andrés Iniesta.
Ainda sem ritmo, o melhor jogador do mundo nas últimas quatro temporadas teve dificuldades nos primeiros contatos com a bola, mas logo parecia mais confiante. O argentino passou a ser alvo de grande parte dos passes - os companheiros pareciam buscá-lo, envolvê-lo no jogo.

Aos 35, o argentino fez ótima jogada pela esquerda, passou por dois adversários e cruzou para Pedro, que por muito pouco não tocou de cabeça para o gol. Depois, cobrou falta com perigo. Era Messi incomodando, aparecendo, buscando o jogo.
Faltava marcar um gol.

Messi fez mais. Fez dois. O primeiro, em puro lance de oportunismo após jogada de Montoya pela direita. O segundo, após receber passe de Song, invadir a área e chutar para o gol.


Lionel Messi está de volta.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

EX-VAQUEIRO FUJÃO: PREFEITO JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA VELOSO SE ESCONDE PARA NÃO RECEBER EM SEU GABINETE AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE


Prefeito Zé Alberto e secretário de saúde Hidalgo Leda
Por Abel Carvalho

O prefeito de Bacabal José Alberto Oliveira Veloso teve, na manhã e ontem, o comportamento de um poltrão quando soube que a sede do poder executivo municipal estava ocupada por centenas de agentes comunitários de saúde.
Veloso simplesmente fugiu da sua responsabilidade de gestor e deixou que o abacaxi fosse resolvido pelo secretário adjunto de administração Raimundo Sirino Rodrigues Filho. Esse fato decepcionou muito aos agentes de saúde, que esperavam receber diretamente do prefeito de Bacabal uma explicação para o atraso dos seus salários.
José Alberto Oliveira Veloso preferiu enviar sua esposa, primeira dama e nepote secretária municipal de assistência social Sílvia Cristina Braga Veloso como olheira. Enquanto os agentes tomavam conta do prédio da prefeitura Veloso optou pelo aconchego dos braços da turma da guimba se homiziando na sede da secretaria de cultura.
De lá o prefeito disparou dezenas de ligações, sendo uma delas para o secretário de Saúde, médico Antonio Hidalgo da Silveira Leda - que foi ao seu encontro, e, depois de longa discussão os dois decidiram que seria melhor autorizar de imediato o pagamento dos agentes.
Enquanto isso, a cerca de 500 metros do local em que o prefeito se encontrava, na sede da prefeitura, decepcionados os agentes de saúde cobravam dos funcionários da casa a presença do gestor, mostrando completa insatisfação com a falta de hombridade do mesmo.
Os agentes disseram em alto e bom tom que aquela já era a quarta vez que eles procuravam o prefeito para que ele resolvesse o problema que enfrentavam, sendo que em nenhuma dessas vezes o encontraram dando expediente na prefeitura. Lembraram também que, na condição de candidato a prefeito, Veloso tinha tempo de disponibilidade para eles.

Recebidos pelo adjunto de administração e desmentido
Como José Alberto Oliveira Veloso, o prefeito de Bacabal, não apareceu os agentes comunitários de saúde acabaram sendo recebidos pelo secretário adjunto de administração, professor doutor Raimundo Sirino Rodrigues Filho. Doutor Sirino estava contando uma história insossa sobre atrasos de transferências bancárias quando foi informado, ao pé do ouvido, que o prefeito e o secretário de saúde haviam autorizado o pagamento do mês atrasado.
Felizes com a vitória os agentes comunitários de saúde deixaram a prefeitura prometendo continuar mobilizados.
Além do mito do pagamento de salários em dia, outra história que foi derrubada e explicada pelos agentes comunitários foi a contada pelo secretário de saúde Hidalgo Leda. Leda passou o ano todo explicando que a administração anterior havia deixado 03 meses de salários abertos e que a administração atual foi obrigada a negociar esse o valor acumulado e a escaloná-lo como pagamento em 12 vezes.
O presidente da associação dos agentes comunitários de saúde. Wendel Mesquita Silva desmentiu Leda de forma categórica. Mesquita explicou que a gestão anterior deixou aberto apenas um mês e que esse valor foi negociado no número de parcelas explicado por Leda, dando aproximadamente cerda 90 reais mensal.


ACUSADO DE ESTUPRO TENTA O SUICÍDIO EM DELEGACIA DE BACABAL



Por Sérgio Mathias 

Por volta das 7h30 dessa terça-feira (8), Jean Carlos Gonçalves Batista, 27 anos, residente no povoado Centro dos Teles, município de Bacabal, tentou o suicídio cortando os pulsos com um pedaço de lajota encontrado em uma das celas da Delegacia do 1º Distrito Policial.

Levado às pressas ao Pronto Socorro Municipal Jean foi medicado e não corre risco de morte.


Do Socorrão o mesmo foi encaminhando a encaminhado ao Centro de Ressocialização Prisional de Bacabal, no povoado Piratininga.

ACESO O ESTOPIM: FUNCIONÁRIOS ESTUDAM ORGANIZAR NOVAS COBRANÇAS E FAZER NOVOS PROTESTOS CONTRA O GOVERNO JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA VELOSO


Prefeito Zé Alberto e secretári Hidalgo Leda

Por Abel Carvalho

Bastou os agentes comunitários de saúde acender o estopim e puxarem o cordão da insatisfação e novos movimentos ameaçam surgir contra os mandos e desmandos cometidos pela administração do prefeito de Bacabal José Alberto Oliveira Veloso. Os focos de insatisfação se espalham como nichos em todos os setores da administração pública, mas em maior número dentro das hostes da secretaria municipal de saúde, cujo titular é o médico Antonio Hidalgo da Silveira Leda.


Leda e Veloso caíram na antipatia do funcionalismo público municipal pela incerteza que os mesmos vivem hoje em razão dos mandos e desmandos praticados acintosamente contra a categoria. Ninguém tem a segurança de que vai está empregado amanhã, me garantiu uma fonte de dentro do ponto socorro municipal, explicando que um dia 50 ou 60 pessoas são demitidas ao bel prazer do prefeito e do secretário, para serem readmitidas 20 ou 30 pessoas dessa leva duas ou três semanas depois.

O que se comenta nos bastidores, revela a fonte, é que os que voltam aos seus postos de origem, são recontratados, é porque foram cooptados politicamente para defender a bandeira do governo e de futuras candidaturas por ele apoiadas.
Segundo me foi informado os nichos estão se espalhando por todos os setores da saúde, na própria secretaria, nas unidades básicas, na central de atendimento e nos hospitais materno infantil e socorrão.

Além de não terem garantia de vão estar empregados amanhã, em função da instabilidade administrativa que a secretaria vive, os servidores também reclamam de arbitrariedades cometidas contra ganhos que a categoria tem garantidos pela consolidação das leis do trabalho e pela própria Constituição federal.

A cada contracheque recebido os servidores são surpreendidos com um tipo de corte diferente. Inicialmente foi a redução do próprio salário de forma unilateral. Nos meses que vem se seguindo eles estão sendo tolhidos em direitos como gratificações, horas extras, adicionais noturno e por periculosidade.

Esse tipo de insatisfação se registra também em todas as demais secretarias do governo municipal. O estopim está aceso.

 



SEBASTIÃO UCHÔA DIZ QUE TRANSFERÊNCIA DE PRESOS AINDA ESTÁ SENDO ESTUDADA



Em reunião realizada na Corregedoria Geral da Justiça, representantes da Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Poder Judiciário discutiram estratégias a serem adotadas para solucionar a crise no Sistema Carcerário do Maranhão.

Durante o encontro ficou definido que haverá o remanejamento de detentos para outras unidades prisionais regionalizadas, assim como a possibilidade de transferência para presídios federais.

Em relação à transferência, o secretário de Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, disse que a medida ainda está em estudo. “Estamos fazendo uma análise criteriosa em parceria com a secretaria de segurança para analisar a questão. Estamos verificando critérios técnicos e jurídicos para definir o que será feito”, esclareceu Uchôa.

Segundo o secretário, já há previsão de construção, pelo governo do Estado, de sete unidades prisionais e mais uma com recursos federais, o que possibilitará a criação de mais de duas mil vagas. Essa ação diminuirá a superlotação e oferecerá espaços mais adequados para o cumprimento das penas.

Sebastião Uchoa avaliou como produtiva a reunião e reforçou que, considerando o momento delicado pelo qual o sistema está passando, a proposta de discutir soluções de maneira conjunta é extremamente pertinente.

Essa é a visão compartilhada também pelo secretário de Segurança, Aluísio Mendes, que destacou a disposição das instituições presentes na reunião em resolver o problema do sistema prisional. “Vamos caminhar unidos para resolver essa questão de maneira definitiva. Continuamos com a atuação efetiva da polícia nas ruas e agora sabemos que temos o apoio de outros órgãos”, reforçou Aluísio.

Outras medidas serão adotadas no âmbito do Poder Judiciário, que vai priorizar a análise de processos criminais durante o período da correição ordinária, que segue até 20 de janeiro. Também foi criada uma comissão de juízes para auxiliar no exame de processos de réus presos, que atuará com foco inicial na Região Metropolitana.

Participaram da reunião a corregedora-geral da Justiça, juízes auxiliares da Corregedoria, juízes das varas de execução penal e representantes da Sejap, SSP e Unidade de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça.

 



SARGENTO DO SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DA PM RECEBE MENSAGEM COM AMEAÇA DE MORTE


mensagem bonde


Um sargento lotado no Serviço de Inteligência da Polícia Militar, unidade conhecida popularmente como Velado, recebeu hoje uma mensagem em tom ameaçador em seu telefone celular. O remetente teria sido um membro da facção criminosa Bonde dos 40, responsável pelos ataques às delegacias do São Francisco e Liberdade e incêndios de pelo menos cinco ônibus, semana passada.


Na mensagem, o autor faz uma jura de morte ao policial: “Tu viu começou o contra ataque. Até domingo tu ta morto, tu sera o proximo. Sei onde te encontrar (sic)”.

Por coincidência, o torpedo foi enviado no exato momento em que o PM conversava com o delegado Walter Vanderley Ferreira, titular do 5º Distrito Policial, no Anjo da Guarda, minutos após sua guarnição ter prendido, no Sá Viana, Robenilson Carlos da Silva Martins, o Bocão, acusado de ter participado do ataque ao 9º Distrito Policial, no São Francisco, e do incêndio a um ônibus na Avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha.

Preocupado com a atitude audaciosa, o sargento, que por questões óbvias não será identificado, registrou boletim de ocorrência no próprio 5º DP.


FLA ACERTA COM GRÊMIO E ESTÁ MUITO PRÓXIMO DE ANUNCIAR ELANO


Fla acerta com Grêmio e está muito próximo de anunciar Elano

O Flamengo sondou e conseguiu. Ontem, terça-feira, o clube chegou a um acordo com o Grêmio e terá Elano como reforço para a disputa da Libertadores de 2014 em caso de acerto salarial com o atleta. As tratativas com a direção gaúcha foram conduzidas pelo diretor executivo de futebol do Flamengo, Paulo Pelaipe.

Elano, de 32 anos, tinha contrato até o final da temporada e será liberado sem ônus ao clube carioca. Além disso, os gaúchos, em política de contenção de gastos após a temporada 2013, devem arcar com metade dos salários do jogador. O clube carioca aguarda ainda um documento do Grêmio para considerar a negociação de fato sacramentada. 

De férias em São Paulo, o jogador deve chegar ao Rio de Janeiro já hoje, quarta-feira, data da reapresentação do restante do elenco rubro-negro, para fechar os últimos detalhes e assinar contrato. O jogador constava na lista de reforços do clube e com os problemas para as permanências de Elias e Luiz Antonio, o Grêmio foi contactado.


NO FACEBOOK, PT CHAMA EDUARDO CAMPOS DE 'TOLO' E 'PLAYBOY MIMADO'


PT chama Eduardo Campos de 'tolo' e 'playboy mimado' no Facebook

SÃO PAULO - Texto publicado ontem, terça-feira, 7, no Facebook do PT nacional classifica o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como "tolo", "playboy mimado" e como candidato "sem projeto, sem conteúdo e sem compostura política" para disputar a Presidência da República neste ano.
O artigo, sem assinatura e intitulado "A Balada de Eduardo Campos", traz diversas críticas ao provável adversário da presidente Dilma Rousseff desde o seu rompimento com o governo federal em setembro até a sua aliança com a ex-ministra Marina Silva, selada em maio do ano passado.

"Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante - a de ser presidente da República -, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo", diz o texto.
Setores do PT tentaram demover Campos da ideia de ser candidato em 2014 sob o argumento de que ele poderia vir a ser o candidato do bloco em 2018, quando Dilma já não poderá mais se reeleger.

"Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo".
A nota também evoca o avô de Campos, Miguel Arraes, ex-líder comunista e ex-governador de Pernambuco, já falecido, para criticar o presidente do PSB. "O velho Miguel Arraes faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto".

Nela também consta do argumento que o governador de Pernambuco é o "resultado" de uma série de medidas tomadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff entre as quais a decisão de levar para Pernambuco a refinaria Abreu e Lima, a transposição do Rio São Francisco, a Transnordestina é o estaleiro Atlântico Sul.
O texto diz ainda que "Campos recebeu 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora". O PT afirma ainda que, ao decidir ser candidato, Campos acreditou na "mesma mídia que, até então, o tratava como um playboy mimado pelo "lulo-petismo".
Mais tarde, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque rebateu no Twitter o texto apócrifo publicado pelo PT.
"Patética, desrespeitosa e desqualificada a nota do PT com ataques pessoais a @eduardocampos40.Este nível de debate não encontrará eco no PSB", escreveu o parlamentar.
"Cadê o sucesso do Fernando Haddad (o poste do PT/Lula em São Paulo)?", provocou Albuquerque.
Marina. O PT também não poupa a ex-ministra Marina Silva, filiada ao PSB em maio e quem deve ser vice de Campos na disputa presidencial. Segundo o texto, Marina é "vaidosa" e se constitui num "ovo de serpente" no "ninho Pernambucano.
"Vaidosa e certa, como Campos, de que é a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste mídia reacionária que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela", anota a redação apócrifa. "Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendia pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu".

A assessoria de imprensa da presidência do PT informou que o texto não é de autoria do presidente do partido, Rui Falcão, mas disse não saber quem o escreveu, nem se é uma manifestação oficial do PT.
Procuradas, a assessorias de Eduardo Campos e Marina Silva não se manifestaram até a publicação desta reportagem.
Veja o texto na íntegra:

A BALADA DE EDUARDO CAMPOS
Por um momento, desses que enchem os incautos de certezas, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, achou que era, enfim, o escolhido.
Beneficiário singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado.
Estimulado pelos cães de guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe, sem compostura política.
O velho Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto.
E não se trata sequer da questão ideológica, já que a travessia da esquerda para a direita é uma espécie de doença infantil entre certa categoria de políticos brasileiros, um sarampo do oportunismo nacional. Não é isso.
Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante – a de ser presidente da República –, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.
Acreditou na mesma mídia que, até então, o tratava como um playboy mimado pelo "lulo-petismo", essa expressão também infantilóide criada sob encomenda nas redações da imprensa brasileira.
Em meio ao entusiasmo, Campos foi levado a colocar dentro de seu ninho pernambucano o ovo da serpente chamado Marina Silva, este fenômeno da política nacional que, curiosamente, despreza a política fazendo o que de pior se faz em política: praticando o adesismo puro e simples.
Vaidosa e certa, como Campos, de que é a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste mídia reacionária que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela.
Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendia pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu.
Eduardo Campos é o resultado de uma série de medidas que incluem a disposição de Lula em levar para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela, depois de uma luta de mais de 50 anos. Sem falar nas obras da transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Ou do Estaleiro Atlântico Sul, fonte de empregos e prestígio que Campos usou tão bem em suas estratégias eleitorais
Pernambuco recebeu 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora.
O estado também ganhou sete escolas técnicas federais, além de cinco campi da Universidade Federal Rural construídos para melhorar a vida do estudante do interior.
Eduardo Campos cresceu, politicamente, graças à expansão de programas como Projovem, Samu, Bolsa Família, Luz para Todos, Enem, ProUni e Sisu. Sem falar no Pronasci, que contribuiu para a diminuição da criminalidade no estado, por muito tempo um dos mais violentos do País.
Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo.
Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secretário de Segurança Pública, Wilson Damázio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Polícia Militar, assim agiam por não resistirem ao charme da farda.
"Quem conhece Damázio, sabe que ele não tem esses valores", lamentou Eduardo Campos.

Quem achava que conhecia o governador do PSB, ao que tudo indica, ainda vai ter muito o que lamentar.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

NOTÍCIA DA HORA



Por Abel Carvalho


A prefeitura garantia em propaganda que o pagamento era realizado em dia

A denúncia sobre o atraso dos salários dos agentes comunitários de saúde do município de Bacabal vazou nas redes sociais da internet ainda na semana passada, mesmo sem que a entidade que representa a classe ter esboçado qualquer reação no sentido de cobrar o fato, defender e proteger a categoria.
Por sua vez o advogado e blogueiro Rogério Alves Silva mostrou em sua página que o ministério da saúde tinha feito todos os repasses referentes ao exercício financeiro do ano passado em dia.
A matéria virou pauta para a TV Mearim e uma equipe comandada pelo repórter Ray Lima conseguiu falar com o secretário de saúde do município, médico Antonio Hidalgo da Silveira Leda, sobre o assunto.
A equipe de TV o secretário garantiu que o pagamento dos agentes comunitários de saúde de Bacabal vem sendo pago rigorosamente em dia, mas se enrolou todo explicando que, como a prioridade da prefeitura era efetuar o pagamento do 13º salário, o depósito referente ao pagamento do mês de novembro só tinha sido autorizado no dia de ontem e que a noite o dinheiro cairia em conta. Hidalgo completou a explicação estapafúrdia dizendo que o pagamento referente ao mês de dezembro só acontecerá após ou, no dia 20 de janeiro.
Bastou à entrevista com o secretário ir para o ar para que os agentes de saúde começassem a se manifestar, choveram ligações e mensagens telefônicas diretas constrangendo e desmentindo o secretário municipal de saúde.
Os agentes garantiram que seus salários não havia sido depositado na noite de ontem e ainda revelaram que o secretário fugiu de uma reunião agendada por ele mesmo também para ontem, onde o atraso seria discutido e explicado.

Protesto
Revoltados os agentes comunitários de saúde resolveram paralisar as suas atividades e nesse momento dezenas deles estão realizando um protesto dentro do prédio da prefeitura municipal de Bacabal.
Eles querem ser recebidos pelo prefeito José Alberto Oliveira Veloso e esperam que o mesmo explique para a categoria os motivos do atraso e garanta o imediato pagamento dos seus vencimentos.
O prefeito José Alberto não se encontra na sede do poder executivo municipal.
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