domingo, 31 de outubro de 2021

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 


NOSSOS ATOS GERAM CONSEQUÊNCIAS 


Era uma vez, um rei conhecido pelo nome de Laio. Ele era rei de Tebas. Tebas foi uma cidade-estado grega, antiga aliada de Esparta. Aproveitando o enfraquecimento do exército espartano após a Guerra do Peloponeso, essa cidade rebelou-se e expulsou os exércitos espartanos de seu território na batalha de Leuctra, em 371 a.C. Laio era casado com Jocasta. Ele foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos. Se esse aviso fosse desobedecido, seria morto pelo próprio filho e muitas outras desgraças surgiriam no reinado. A rede globo contou essa história na novela Mandala, uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida entre 12 de outubro de 1987 e 14 de maio de 1988, em 185 capítulos, na faixa das 20 horas. Laio não acreditou no oráculo e teve um filho com Jocasta. Quando a criança cresceu, porém, arrependido e com medo da profecia, ordenou que o recém-nascido fosse abandonado em uma montanha, com os tornozelos furados e amarrados por uma corda. O edema provocado pela ferida é a origem do nome édipo, que significa “pés inchados”. Oráculo é a resposta que os deuses davam a quem os consultava. Profecia é a previsão feita por alguém que diz conhecer o futuro. Continuando, o menino não morreu, pois ninguém morre antes da hora. Alguns pastores o encontraram e o levaram para o rei de uma outra cidade de nome corinto. Corinto foi uma das mais florescentes cidades gregas da Antiguidade Clássica, tendo sido autônoma e soberana durante o Período Arcaico da história da Grécia. Polipo, o rei, criou o menino como se fosse seu filho. Ele cresceu sob o luxo do palácio. Já adulto, ao ouvir rumores na cidade de que era filho ilegítimo, foi procurar o oráculo de Delfos em busca da verdade. O oráculo não respondeu a dúvida do jovem príncipe, mas revelou o seu trágico destino: matar o seu pai e se casar com a mãe. Para evitar que a profecia acontecesse ele foge de Corinto em direção a Tebas, pois não aceitou a ideia de matar o seu pai Polipo. Todavia, no meio da viagem, Édipo encontra-se com o rei de Tebas. Laio, muito arrogante, ordena que édipo saia do seu caminho para que sua carruagem passasse. Édipo desobedeceu, entrou em uma luta com Laio e o matou a golpes e furos de espada. Sem saber que havia matado o próprio pai, prosseguiu a viagem. No caminho, ele se deparou com a esfinge, um monstro metade leão e metade mulher, que lançava enigmas aos viajantes e devorava quem não os decifrasse, atormentando os moradores de Tebas. A esfinge apresentou a Édipo o seguinte enigma: qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio-dia e três à tarde? Édipo respondeu: É o homem. Pois na manhã da vida, que é a infância, engatinha com pés e mãos; ao meio-dia, que é a fase adulta, anda sobre os dois pés; e à tarde, já na velhice, necessita das duas pernas e o apoio da bengala. Furiosa por ver o seu enigma decifrado, a esfinge se mata. Como recompensa por ter salvado Tebas desse monstruoso flagelo, Édipo é proclamado rei e casa-se com Jocasta a viúva do rei Laio, a verdadeira mãe de Édipo. Uma maldição caiu sobre Tebas, uma peste pior do que a Covid-19 de hoje, que é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. O oráculo foi consultado e ele respondeu que a peste só findaria depois que o assassino de Laio fosse preso e castigado. Começaram as investigações para descobrir o criminoso, a verdade foi esclarecida, Laio era o criminoso. Inconformado com seu destino, Édipo cega-se e Jocasta enforca-se. Édipo deixa Tebas, partindo para um exílio na cidade de Colona. MORAL DA HISTÓRIA: “O homem não pode escapar de seu destino, mas são unicamente seus atos que o levam a tal desfecho.”

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