domingo, 24 de outubro de 2021

DIAGNOSE - DICA DE SAUDE- EXAME DE MAMA CASO A CASO

As alterações nas mamas – sejam elas dores, secreção ou lesões – são responsáveis por cerca 15 milhões de consultas médicas ao ano. Cistos, nódulos e calcificações fazem parte dos principais achados clínicos. 

Muitas das doenças mamárias são benignas, ou seja, não cancerígenas. Elas podem acometer mulheres de diversas faixas etárias, com diferentes tamanhos e densidades de mama. As causas incluem mudanças hormonais, herança genética, fatores externos, entre outras. Os cuidados com a região devem ser redobrados em mulheres após os 40 anos, principalmente aquelas com histórico de câncer de mama na família. 

Diversos exames são capazes de identificar alterações na área. A mamografia digital e a tomossíntese são preconizados como os primeiros procedimentos a serem feitos para o rastreio. Enquanto o ultrassom das mamas, a ressonância magnética e, mais recentemente, a angiomamografia são complementares às alterações previamente observadas.

Confira abaixo a indicação para cada tipo de exame;

Ultrassonografia das mamas 

 O exame é indicado para mamas radiologicamente densas, quando há uma quantidade de tecido fibroglandular capaz de obscurecer nódulos ou outras alteraçõ. 

Diferente da mamografia, que costuma ser feita após os 40, o ultrassom das mamas é um método de rastreio feito em pacientes jovens. O exame é eficaz para diferenciar um nódulo sólido de um cisto e, por isso, é muito utilizado para complementar a mamografia.

Ressonância magnética das mamas 

Pouco comum, a ressonância é indicada apenas em casos muito específicos, sendo recomendada para rastreamento em mulheres de alto risco e para avaliação da integridade de próteses mamárias. Por possuir altíssima sensibilidade, ela é capaz de detectar lesões que os outros exames, por vezes, não conseguem. Porém, isso também está associado a maiores chances de resultados falsos positivos. 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 70% das lesões suspeitas detectadas pela ressonância magnética não são câncer. 


Como identificar o paciente de risco para o câncer de mama 

Mamografia - Considerado o método mais eficaz de rastreamento de patologias na mama, a mamografia é um procedimento não invasivo que captura imagens do seio com o mamógrafo. O aparelho usa a mesma radiação do raio-x tradicional, mas em uma dose extremamente baixa. A partir desse exame, é possível buscar por nódulos, microcalcificações, distorções da arquitetura mamária ou áreas densas assimétricas. Sinais que podem indicar a presença de uma neoplasia maligna. Normalmente, o exame deve começar a ser feito, anualmente, a partir dos 40 anos.

Teste de sangue para detectar o câncer da mama pode substituir mamografia? 

Tomossíntese Também conhecida como mamografia 3D, a tomossíntese mamária é uma evolução da mamografia digital. Esse exame é indicado para o rastreamento do câncer de mama em mulheres com ou sem alto risco para a doença. Sua varredura produz uma série de imagens sob diversos ângulos, que reconstroem a imagem mamária em um formato tridimensional. É capaz de aumentar a taxa de detecção de câncer em 90% e, segundo alguns estudos, reduzir a indicação de biópsias em até 30%”.

 Angiomamografia 

 Novidade que chegou ao Brasil este ano, a angiomamografia é um inovador procedimento em que é realizada uma mamografia convencional com aplicação de contraste. O método diminui a incidência de falsos positivos, devido a sua maior especificidade e sensibilidade em comparação à mamografia digital convencional e à ressonância magnética . O procedimento é feito com a injeção do contraste, que permite uma melhor avaliação de certas estruturas do organismo. São realizadas as incidências convencionais e as de alta energia, na qual pequenas lesões suspeitas podem ser reveladas em virtude da neovascularização presente nos tecidos tumorais. Após a administração do contraste, o exame é finalizado em, no máximo, oito minutos.

Por Dr. Otávio Pinho Filho 

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