As alterações nas mamas – sejam elas dores, secreção ou lesões – são responsáveis por cerca 15 milhões de consultas médicas ao ano. Cistos, nódulos e calcificações fazem parte dos principais achados clínicos.
Muitas das doenças mamárias são benignas, ou seja, não cancerígenas. Elas podem acometer mulheres de diversas faixas etárias, com diferentes tamanhos e densidades de mama. As causas incluem mudanças hormonais, herança genética, fatores externos, entre outras. Os cuidados com a região devem ser redobrados em mulheres após os 40 anos, principalmente aquelas com histórico de câncer de mama na família.
Diversos exames são capazes de identificar alterações na área. A mamografia digital e a tomossíntese são preconizados como os primeiros procedimentos a serem feitos para o rastreio. Enquanto o ultrassom das mamas, a ressonância magnética e, mais recentemente, a angiomamografia são complementares às alterações previamente observadas.
Confira abaixo a indicação para cada tipo de exame;
Ultrassonografia das mamas
O exame é indicado para mamas radiologicamente densas, quando há uma quantidade de tecido fibroglandular capaz de obscurecer nódulos ou outras alteraçõ.
Diferente da mamografia, que costuma ser feita após os 40, o ultrassom das mamas é um método de rastreio feito em pacientes jovens. O exame é eficaz para diferenciar um nódulo sólido de um cisto e, por isso, é muito utilizado para complementar a mamografia.
Ressonância magnética das mamas
Pouco comum, a ressonância é indicada apenas em casos muito específicos, sendo recomendada para rastreamento em mulheres de alto risco e para avaliação da integridade de próteses mamárias. Por possuir altíssima sensibilidade, ela é capaz de detectar lesões que os outros exames, por vezes, não conseguem. Porém, isso também está associado a maiores chances de resultados falsos positivos.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 70% das lesões suspeitas detectadas pela ressonância magnética não são câncer.
Como identificar o paciente de risco para o câncer de mama
Mamografia - Considerado o método mais eficaz de rastreamento de patologias na mama, a mamografia é um procedimento não invasivo que captura imagens do seio com o mamógrafo. O aparelho usa a mesma radiação do raio-x tradicional, mas em uma dose extremamente baixa. A partir desse exame, é possível buscar por nódulos, microcalcificações, distorções da arquitetura mamária ou áreas densas assimétricas. Sinais que podem indicar a presença de uma neoplasia maligna. Normalmente, o exame deve começar a ser feito, anualmente, a partir dos 40 anos.
Teste de sangue para detectar o câncer da mama pode substituir mamografia?
Tomossíntese Também conhecida como mamografia 3D, a tomossíntese mamária é uma evolução da mamografia digital. Esse exame é indicado para o rastreamento do câncer de mama em mulheres com ou sem alto risco para a doença. Sua varredura produz uma série de imagens sob diversos ângulos, que reconstroem a imagem mamária em um formato tridimensional. É capaz de aumentar a taxa de detecção de câncer em 90% e, segundo alguns estudos, reduzir a indicação de biópsias em até 30%”.
Angiomamografia
Novidade que chegou ao Brasil este ano, a angiomamografia é um inovador procedimento em que é realizada uma mamografia convencional com aplicação de contraste. O método diminui a incidência de falsos positivos, devido a sua maior especificidade e sensibilidade em comparação à mamografia digital convencional e à ressonância magnética . O procedimento é feito com a injeção do contraste, que permite uma melhor avaliação de certas estruturas do organismo. São realizadas as incidências convencionais e as de alta energia, na qual pequenas lesões suspeitas podem ser reveladas em virtude da neovascularização presente nos tecidos tumorais. Após a administração do contraste, o exame é finalizado em, no máximo, oito minutos.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário