sexta-feira, 3 de outubro de 2025

POESIA - A DONA DO JARDIM- POR ZÉ LOPES

 

A DONA DO JARDIM


Hoje reconheço o que é o fim

A força que sobre mim ele exerce

De restos vou fazendo um alicerce

Um triste ator tão só no camarim.


O vinho tinto, a taça, o teu tim-tim.

É pura melodia que me alumbra

E te desenho a noite na penumbra

A fada, a musa, a dona do Jardim.


Se te ouvisse antes, não teria

Perdido o meu quinhão de alegria.

Velando o que o ódio foi capaz.


Diante dessa enorme agonia

Trocando sempre a noite pelo dia.

Ouvir tua voz já é sinônimo de paz.


Zé Lopes 

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