A DONA DO JARDIM
Hoje reconheço o que é o fim
A força que sobre mim ele exerce
De restos vou fazendo um alicerce
Um triste ator tão só no camarim.
O vinho tinto, a taça, o teu tim-tim.
É pura melodia que me alumbra
E te desenho a noite na penumbra
A fada, a musa, a dona do Jardim.
Se te ouvisse antes, não teria
Perdido o meu quinhão de alegria.
Velando o que o ódio foi capaz.
Diante dessa enorme agonia
Trocando sempre a noite pelo dia.
Ouvir tua voz já é sinônimo de paz.
Zé Lopes


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