Presidente aproveitou o discurso de abertura
da Assembleia Geral da entidade para falar das conquistas sociais dos governos
petistas nos últimos 12 anos
A onze
dias do primeiro turno das eleições, a presidente e candidata à reeleição Dilma
Rousseff (PT) aproveitou a tribuna da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas
para fazer nesta quarta-feira, 24, uma prestação de contas do seu mandato e
exaltar as conquistas do seu governo e da gestão do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (2003-2010) na construção de uma "sociedade inclusiva"
e de uma "economia moderna". De acordo com a presidente, está sendo
promovida uma "grande transformação" que produziu uma "economia
moderna" e uma "sociedade mais igualitária".
Dilma
também destacou que, apesar dos efeitos da crise econômica mundial, o País
gerou empregos, valorizou salários, reduziu a desigualdade e saiu do Mapa da
Fome, conforme apontou relatório da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).
"Abro
este Debate Geral às vésperas de eleições, que são a celebração de uma
democracia que conquistamos há quase trinta anos. Nos últimos doze anos, em
particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade
inclusiva baseada na igualdade de oportunidades", afirmou Dilma, em um
discurso de alto teor eleitoral na abertura da 69ª sessão da Assembleia Geral
das Nações Unidas. "A grande transformação em que estamos empenhados
produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária."
Conforme
informou o Estado na última segunda-feira, Dilma foi orientada pelo comitê de
campanha a ir a Nova York e usar os holofotes da ONU como palanque político em
nível internacional - um espaço que seus adversários na corrida pelo Palácio do
Planalto não possuem. Dilma falou para uma plenária lotada, com várias pessoas
de pé e encerrou a fala sob fortes aplausos dos presentes.
"Essa
mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de
empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra.
Com isso, reduziu a desigualdade. Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram
a miséria desde 2003 - 22 milhões somente em meu governo", ressaltou.
"O
Brasil saltou de 13ª para 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais
que triplicou. A desigualdade caiu. Se em 2002, mais da metade dos brasileiros
era pobre ou muito pobre, hoje três em cada quatro brasileiros integram a
classe média e os extratos superiores", comparou Dilma, em referência ao
governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
No
período da crise econômica mundial, observou a presidente, o mundo desempregava
"milhões de trabalhadores", enquanto o Brasil gerou 12 milhões de
empregos formais. "Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade
monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa", enfatizou.
A
petista ainda reiterou o compromisso do governo no combate à corrupção e no fim
da impunidade, com a criação de instrumentos que promovem a transparência na
gestão pública.
Expansão.
Ao falar de educação, a presidente frisou que houve uma "expansão sem
precedentes" na educação superior, com a abertura de novas universidades
públicas e a oferta de bolsas e financiamento estudantil a mais de 3 milhões de
alunos.
"Universalizamos
o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio.
Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e
valorizando o professor", afirmou.
O
ensino médio é considerado um dos maiores gargalos da área de educação -
segundo o Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o
Brasil não apresentou nenhum avanço entre as avaliações de 2011 e 2013,
mantendo-se em 3,7. A meta para 2013 era de 3,9.
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