Categoria defende aumento de
12,5%, com ganho real de 5,8%. Última paralisação ocorreu entre setembro e
outubro do ano passado e durou mais de 20 dias
Os
bancários rejeitaram na noite de ontem, segunda-feira, 29, mais uma proposta de
reajuste salarial e aprovaram para hoje o início de greve nacional por tempo
indeterminado. A última paralisação dos bancários ocorreu entre setembro e
outubro do ano passado e durou mais de 20 dias.
Entre
outras reivindicações, eles defendem um aumento de 12,5%, com ganho real de
5,8%. Para o cálculo da inflação foi utilizado o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), que acumulou alta de 6,35% no período de 12 meses encerrado
em agosto. A data-base dos bancários para renegociar os contratos coletivos de
trabalho é 1º de setembro.
Após os
bancários rejeitarem proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na
quinta-feira da semana passada, a instituição retomou as negociações na
sexta-feira e apresentou novos números no sábado. A federação ofereceu um
reajuste de 7,35% nos salários, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e
nos valores dos vales e auxílios. Para o piso da categoria, o reajuste
oferecido foi de 8%.
O
Comando Nacional dos Bancários considerou a proposta insuficiente e orientou os
134 sindicatos que representa no País a votarem pela greve nas assembleias
desta segunda-feira. Os bancários se reuniram no início desta noite em todo o
País para votar a proposta da Fenaban e para organizar a greve, após oito
rodadas de negociações.
O
Comando Nacional reivindica, além do reajuste salarial de 12,5%, PLR de três
salários mais parcela adicional de R$ 6.247. Os bancários também querem
gratificação de caixa de R$ 1.042,74, gratificação de função de 70% do salário
do cargo efetivo e vale-cultura de R$ 112,50.
Segundo
a assessoria do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e
Região - o maior da categoria -, não deve ocorrer uma adesão total à greve
amanhã, mas a assessoria lembrou que as paralisações costumam crescer ao longo
do tempo. Haverá um balanço diário para medir quantas agências aderiram à
greve.
Contas
a pagar
O
Procon orientou, em nota divulgada hoje, os consumidores a continuarem pagando
suas contas, o que pode ser feito pela internet, nos caixas eletrônicos, casas
lotéricas, supermercados e agências dos Correios. "A greve é um risco
previsto nas atividades de uma instituição financeira, mas se o consumidor
tentou outras formas de pagamento e não obteve resultado não poderá arcar com
eventuais prejuízos", explicou a instituição.
A
Fenaban ainda esclareceu que apenas 10% das operações bancárias são feitas por
meio das agências. A internet representa a maior parcela, com 41% das transações,
seguida pelos caixas eletrônicos, com 23%, conforme números correspondentes a
2013. Questionada sobre as reivindicações dos bancários, a Fenaban respondeu
que "permanece confiante na manutenção
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