"Dois iguais não fazem
filhos. Me desculpe, mas o aparelho excretor não reproduz. Tem candidato que
não assume isso com medo de perder voto. Prefiro não ter esses votos, mas ser
um pai, avô que instrua seu neto. Não vou estimular a união homoafetiva."
A declaração, dita neste
domingo por Levy Fidelix (PRTB) durante debate da TV Record com candidatos à
presidência, alcançou o topo dos assuntos mais comentados pelos brasileiros no
Twitter. Em duas horas, a hashtag #LevyVocêÉNojento foi compartilhada mais de 7
mil vezes.
O comentário foi em resposta à
candidata Luciana Genro (PSOL), que questionou o criador do aerotrem sobre
famílias formadas por gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais. Visivelmente
chocada com a declaração, a socialista afirmou defender "todas as
famílias, não importa se são dois homens e duas mulheres".
Fedelix ainda tinha direto a
tréplica: "O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Já pensou se a moda
pega? Daqui a pouco reduz para 100 milhões. Vai para a avenida Paulista e anda
um pouquinho. É feio o negócio. Pessoas que têm esses problemas precisam ser atendidos
por ajuda psicológica. E bem longe da gente, porque aqui não dá."
Repercussão
Além de se tornar
"trending topic" no microblog, o candidato "nanico" - que
reconheceu durante o debate "não ter nenhuma chance de vencer" - foi
alvo de críticas, mas também de elogios.
O principal endosso veio do
pastor Silas Malafaia, que fez elogios à fala de Fidelix e ironizou:
"Estão reclamando? Verdade absoluta". A opinião do líder evangélico
foi compartilhada mais de 230 vezes.
O pastor também afirmou que
iria "dormir rindo" do comentário do candidato e desejou "vida
longa aos inimigos para assistirem minhas vitórias".
As demonstrações de
desaprovação, entretanto, foram maioria nas redes sociais.
A cartunista Laerte, defensora
das pautas de travestis e transexuais, chegou a desenhar uma charge, na qual a
cabeça do candidato do PRTB é substituída por um vaso sanitário.
Já Eduardo Jorge, que não
comentou o posicionamento do adversário durante o debate, preferiu fazê-lo pelo
Twitter: "Hoje vocês viram o quanto é necessário uma legislação que
criminalize a homo/lesbo/transfobia, equiparando-as aos crimes de racismo,
né?". A mensagem foi compartilhada 3.600 vezes.
Jornalistas como Bárbara
Gancia, Artur Xexéo e Antônio Prata também se posicionaram.
"Levy Fidélix: conhecimento
jurídico e filosófico nível Uganda s/ homossexualidade. E agora emendou papo
'bolivariano'. Triste espetáculo", disse a primeira. "Levi Fidelix
tinha que ser preso", tuitou o segundo. "Deus do céu, que coisa
horrorosa esse Levy Fidelix", emendou Prata.
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