Diante das reclamações da população o Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Bacabal (SAAE) emitiu nota esclarecendo as razões
da falta do fornecimento de água em boa parte da cidade. Leia abaixo.
O sistema de abastecimento de água de Bacabal
passou por dois grandes problemas nos últimos dias que prejudicaram
sensivelmente o abastecimento de água no centro da cidade, e nos bairros
servidos pela adutora, assim como no bairro Ramal, que é dotado de um poço
artesiano próprio.
A principal bomba coletora do sistema adutor, que
é composto por duas bombas, queimou e passou por trabalho de manutenção. A
bomba instalada no poço que serve ao bairro do Ramal também queimou e teve que
ser trocada. As duas panes provocaram sensíveis transtornos aos consumidores do
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Bacabal (SAAE) e foram muitas as
reclamações por parte da comunidade.
Consequências
A pane na bomba principal do sistema de captação
obrigou os técnicos do SAAE a colocarem em funcionamento a bomba substituta, de
pequena capacidade de injeção. Esse fato, aliado ao elevado e excessivo nível
de turbidez que as águas do Rio Mearim apresentam nesse período invernoso, fez
com que fosse diminuída quantidade de água captada para menos da metade do
normal e, aumentado o número de paradas técnicas da estação de tratamento
(ETA), para a descarga e lavagem dos filtros.
As paradas técnicas, que acontecem de 4 a 5 vezes
ao dia, passaram a ser feitas até 8 vezes ao dia. Cada parada, entre a limpeza
dos filtros e a colocação dos produtos químicos que a Lei exige, dura pelo
menos duas horas. Depois de religado o sistema leva, pelo menos, mais 2 horas
para se restabelecer em plenitude. Agrega-se a essa situação a condição da água
a ser tratada pela ETA está sendo captada em menor quantidade. Esse novo fator
obriga os técnicos a usarem, mais uma vez, apenas a bomba de menor capacidade
instalada no sistema de distribuição que, também, é formado por duas bombas.
O SAAE passa a distribuir, então, menos da metade
da água que é distribuída normal e diariamente. A consequência é o
abastecimento parcial no chamado centro comercial da cidade e em bairros
servidos pela ETA, a exemplo do Alto Cururupu, Ramal, e até Areia e Tresidela,
mesmo com todos esses bairros possuindo poços artesianos locais. É que o
sistema de abastecimento de água de Bacabal é misto, utiliza o parque adutor
instalado no Rio Mearim, que é dotado de uma estação de tratamento, e os poços
artesianos perfurados em todos os bairros da cidade. Existem bairros, como a
Vila São João, que possuem mais de um poço artesiano, a própria Vila São João é
dotada de 4 poços.
O Diretor do SAAE de Bacabal, Leonardo Sousa
Lacerda, tem exigido e garantido celeridade na resolução dos problemas que se
apresentam com rotina e, faz questão de ressaltar, que conta com equipes
técnicas capacitadas, formadas por profissionais dedicados e comprometidos com
o bom funcionamento da autarquia municipal e com a sua história de boa
prestadora de serviços
Lacerda destaca também que é meta principal de
sua administração manter o sistema funcionando dentro das melhores condições
possíveis, mas explica que trabalha com um sistema operacional montado há 51
anos – o SAAE foi inaugurado em 08 de setembro de 1965 -, que ao longo de todos
esses anos recebeu pouco ou quase nenhum investimento, cuja estrutura está
caduca e defasada tecnologicamente, o que aumenta despesas de operação, a
exemplo dos gastos com energia elétrica que consomem valores percentuais
elevados em cima da receita que é gerada com a prestação dos serviços que
autarquia realiza.
Do Blog do Sérgio Mathias
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