Por Ricardo
Murad
Falemos
claro: o atual ciclo político chegou ao fim! Por incompetência, por falta de
credibilidade, por possuir uma visão meramente mercantilista da política, o
governo Dilma cavou sua própria sepultura.
Com mais
de 70 por cento da população pedindo sua saída, com um País em ruptura,
independentemente do resultado da votação que ditará, ou não, o seu impeachment
à presidente Dilma, só resta um caminho digno: a renúncia.
Só assim,
o Brasil terá condições para ultrapassar a crise política, econômica e moral em
que se encontra mergulhado e que compromete seu futuro. Só assim estarão
criadas as condições para fazer a reforma política e constitucional que se
impõe e que permita recolocar o nosso País nos trilhos da estabilidade
política, do desenvolvimento e progresso.
Renunciando,
Dilma teria a grandeza própria dos políticos que sabem colocar o interesse
nacional por diante dos meros interesses políticos e pessoais e ficaria certamente
na nossa história como alguém que, com essa atitude digna, daria o primeiro
passo do imprescindível processo de reconciliação nacional. Um processo que não
bastará apenas com a eleição de um novo presidente, mas sim com a eleição de
uma Constituinte que crie as bases da indispensável reforma do nosso sistema
político.
Se essa
reforma profunda não ocorrer, se não colocarmos um ponto final na instabilidade
em que o Brasil vive há quase dois anos, o País caminhará para um poço sem
fundo, onde um iminente confronto se afigurará como inevitável.
É isso
que temos a todo o custo evitar, é isso que temos de impedir custe o que
custar. O ódio tem de dar lugar à reconciliação nacional, o consenso tem que
derrotar os extremismos e a paz tem que tomar conta de uma Nação que começa a
se enfrentar nas ruas.
Só assim
o Brasil se reencontrará, só assim nós, brasileiros, poderemos juntos
reconquistar a esperança que nos roubaram.
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