Atualmente estima-se que mais de 800 milhões de pessoas no mundo vivam com diabetes, e aproximadamente mais da metade dos adultos com diabetes com mais de 30 anos não estão recebendo tratamento adequado, o que agrava o risco de complicações graves e até mesmo de óbitos prematuros. Apesar de ainda ser uma doença grave e crônica, a diabetes pode estar mais próxima de uma cura, graças a avanços promissores em pesquisas sobre regeneração do pâncreas.
Durante o Congresso Nacional da Fundação da Sociedade Espanhola de Diabetes, especialistas destacaram estudos que demonstram que o pâncreas tem capacidade natural de se regenerar, mesmo décadas após o início da doença. O grupo liderado por Juan Domínguez-Bendala, da Universidade de Miami, investiga como estimular células progenitoras do próprio pâncreas para que voltem a produzir insulina, evitando transplantes invasivos ou modificações genéticas.
O uso de um fator de crescimento já aprovado e teoricamente seguro — o BMP-7 — tem mostrado bons resultados ao reativar a produção de células beta, essenciais para o controle da glicose. A técnica ainda está em fase experimental, mas poderá revolucionar o tratamento, especialmente para pessoas com diabetes tipo 1.
Embora desafios permaneçam, como a possível rejeição imunológica das novas células, os pesquisadores acreditam que essa estratégia pode ser combinada com terapias que controlam o ataque autoimune.
Domínguez-Bendala resume: mesmo antes de uma cura definitiva, essas inovações podem transformar a qualidade de vida dos pacientes. Há consenso entre os especialistas: o futuro da diabetes caminha rumo a tratamentos regenerativos eficazes — e mais próximos do que se imaginava.

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