REENCONTRO
Se a gaiola está aberta, o preso quer voar
Ao sol da liberdade enxerga o mundo desejando
Um sentimento aventureiro ordena que saia, fuja
Mais que depressa abriu asas e partiu cantando.
Tudo parecia aos desavisados olhos festa
Estranhos climas, estranhos céus cortando
Nem percebe as armadilhas que a jornada tem
E entre uma lembrança e outra senta e se ver chorando.
Saudade, oh para que falar disto nesta hora
Somente os devaneios dos seus sonhos viajando
Nem percebe que do tempo recebe reprimenda
E a doce e meiga alma que partiu vai recordando.
Quando um perdão maior que a dor lhe alcança
E revisita a alma perdida em busca de carinho
Acena com a possibilidade do retorno solene
Ah! Que alegria lhe invade, ao ver de novo o velho ninho.
*Renato Dionísio


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