domingo, 7 de setembro de 2014

ELEITORES ENTRE GATOS, CACHORROS E PAPAGAIOS



Uma boa campanha eleitoral, começa por um bom jingle, traduzindo para o linguajar eleitoreiro, começa por uma boa música.
Como moro xis com uma avenida de grande movimento, ouço diuturnamente uma confusão de prosódias e paródias, dignas da canção de protesto “Lingua”, do baiano Caetano Veloso.
Como tenho um estúdio de gravação e componho jingles para vários politicos, sou suspeito em criticar, mas vou fazer uma disertação em cima do mau gosto de muitos politicos que usam sucessos do momento e até do passado para  divulgarem seus nomes, seus numeros, seus projetos, suas ações, n’uma prova de falta de inteligência, de bom senso e de bom gosto.
Por coincidência, neste momento em que estou escrevendo este artigo, está passando em minha porta, um carro de som com a paródia da intragavel “Lepo lepo”, mesma que foi feita para um enorme numero de candidatos, uma prova total de mau gosto.
Sempre que sou procurado, procuro mostrar para o candidato que ele não precisa de música, ele precisa sim, é da música, aquela que tem a sua cara. Muitos me dizem: - eu quero uma música agitada, não sabendo eles, que isso é ilusão, a prova é que a canção politica mais famosa e mais cantada do país é uma bem lentinha: - Lula lá, brilha uma estrela...
Quando falo que a música tem que ter a cara do candidato, da pra ver que a grande maioria tem mesmo a cara de “Lepo lepo” e para piorar, acabou de passar por aqui, outro carro de som com outra paródia do mais extremo mau gosto, que diz: - em minha casa todo mundo é 15, o meu gato é 15, o meu cachorro é 15, até meu papagaio só fala no 15. Agora veja, o candidato aceitou uma paródia quem nem sequer fala em seu nome. Você votaria em um candidato que lhe coloca entre gatos, cachorros e papagaios? Aí vem a falta de senso, de compromisso e de respeito para com eleitor. Para esse candidato, o Waldik Soriano já antecipou: - Eu não sou cachorro, não. Seguiremos esse exemplo.

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