Uma boa campanha eleitoral, começa por um bom
jingle, traduzindo para o linguajar eleitoreiro, começa por uma boa música.
Como moro xis com uma avenida de grande
movimento, ouço diuturnamente uma confusão de prosódias e paródias, dignas da
canção de protesto “Lingua”, do baiano Caetano Veloso.
Como tenho um estúdio de gravação e componho
jingles para vários politicos, sou suspeito em criticar, mas vou fazer uma
disertação em cima do mau gosto de muitos politicos que usam sucessos do
momento e até do passado para divulgarem
seus nomes, seus numeros, seus projetos, suas ações, n’uma prova de falta de
inteligência, de bom senso e de bom gosto.
Por coincidência, neste momento em que estou
escrevendo este artigo, está passando em minha porta, um carro de som com a
paródia da intragavel “Lepo lepo”, mesma que foi feita para um enorme numero de
candidatos, uma prova total de mau gosto.
Sempre que sou procurado, procuro mostrar para
o candidato que ele não precisa de música, ele precisa sim, é da música, aquela
que tem a sua cara. Muitos me dizem: - eu quero uma música agitada, não sabendo
eles, que isso é ilusão, a prova é que a canção politica mais famosa e
mais cantada do país é uma bem lentinha: - Lula lá, brilha uma estrela...
Quando falo que a música tem que ter a cara do
candidato, da pra ver que a grande maioria tem mesmo a cara de “Lepo lepo” e
para piorar, acabou de passar por aqui, outro carro de som com outra paródia do
mais extremo mau gosto, que diz: - em minha casa todo mundo é 15, o meu gato é
15, o meu cachorro é 15, até meu papagaio só fala no 15. Agora veja, o candidato
aceitou uma paródia quem nem sequer fala em seu nome. Você votaria em um
candidato que lhe coloca entre gatos, cachorros e papagaios? Aí vem a falta de
senso, de compromisso e de respeito para com eleitor. Para esse candidato, o
Waldik Soriano já antecipou: - Eu não sou cachorro, não. Seguiremos esse exemplo.
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