O
deputado federal Hildo Rocha voltou a criticar a incapacidade do governo
estadual no gerenciamento do aparelho de segurança pública do Maranhão. Em
pronunciamento na tribuna da Câmara, o parlamentar disse que o ramo de negócios
que mais cresce no Maranhão o de serviços funerários.
Rocha
atribui a alta taxa de mortalidade a dois fatores: fechamento de hospitais no
interior e a escalada da violência. “As pessoas deixaram de ter direito a
hospital público porque o governador Flavio Dino deixou de repassar os recursos
do fundo estadual para o Fundo Estadual ao Fundo Municipal. Também contribui
muito pra essa mortalidade a escalada da violência. No último fim de semana
houve 14 homicídios na grande São Luis”, sentenciou.
Caso Irialdo
Hildo
Rocha relembrou o caso Irialdo Batalha, episódio que, segundo o parlamentar
configura uma violação dos direitos humanos. O deputado disse que o governador
deve pedir desculpas pelo erro cometido pelo governo. “Até agora, o governador
não pediu desculpas à família e à sociedade pelo bárbaro crime ocorrido pelas
mãos do estado”, disse.
O
parlamentar oficializou denúncia contra o Governo do Maranhão e também recorreu
a organismos internacionais ligados à defesa dos Direitos Humanos.
Contribuição
Rocha
tem sido uma voz firme na formulação de críticas à ineficácia do Estado, no que
se refere à prestação de serviços públicos. A problemática da segurança tem
merecido atenção especial. Rocha é autor de uma Emenda ao Projeto de Lei
2505/2000 que destina ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) bens que
possam ser usados na repressão de crimes.
O
texto original previa que materiais apreendidos deveriam ser destinados
diretamente ao Ministério da Justiça, a quem caberia repassar 80% às
secretarias estaduais de Segurança Pública e 20% à Polícia Federal. Mas, por
iniciativa do deputado Hildo Rocha as Guardas Municipais, também serão
beneficiadas. A proposta, que foi aprovada pelo plenário no dia 23 de abril,
foi encaminhada para análise do Senado.
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