quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O TOLO E DESNECESSÁRIO CIÚME DE CABO CAMPOS


Pressionado pelos policiais militares devido a sua fraca atuação em prol de sua categoria, o deputado estadual Cabo Campos (DEM) proporcionou na Tribuna da Assembleia Legislativa uma crise de ciúme tola e desnecessária.

Cabo Campos demonstrou ciúmes pelo fato do deputado estadual Wellington do Curso (PP) ter assegurado, também na Tribuna, que a premiação promovida pelo Governo Flávio Dino aos policiais militares que mais apreenderam armas de fogo no Maranhão foi iniciativa sua, conforme o Blog destacou. A informação inclusive foi retirada do site da Assembleia Legislativa (reveja).
Para Campos, a atuação de Wellington em favor da PM corresponde à falta de ética parlamentar. Ele sugeriu que o colega fosse obrigado a pedir autorização para tratar do tema, sob a justificativa de que é ele quem representa a categoria no Legislativo.
“Se esta Casa Parlamentar não tiver ordem, isso aqui vai virar uma bagunça. A questão da ética parlamentar tem que existir. Vossa excelência é dono de um cursinho. Vossa excelência é um professor. Vossa excelência não pode, para uma defesa de uma classe, uma categoria, passar por cima de outro parlamentar. Nós temos aqui um termo que os deputados levantam a mão e dizem assim: ‘Eu quero subscrever, deputado, com sua permissão, tal proposição’. É ético, é moral, é legal, tem decência, como a Bíblia diz, como a Bíblia diz. Deputado, a sua estrela já brilha e brilha muito, mas, por favor, não apague a minha”, ressaltou Cabo Campos.
O problema é quem fala o que quer, ouve também o que não quer, e a resposta foi ainda mais cruel para o deputado que deveria efetivamente representar a Polícia Militar do Maranhão.
“Deputado Cabo Campos, com todo respeito a vossa excelência, a Polícia Militar não é sua. E como deputado estadual, vou continuar defendendo a Polícia Militar. Se vossa excelência tanto defende, vamos defender os policiais e reabrir a mesa de diálogo com a Comissão de Segurança [da Casa], com os deputados, com os policiais. Não é puxando para um lado, e sim para todos. Nós somos deputados estaduais independentemente de base do Governo ou de oposição”, destacou Wellington, que ainda afirmou ter sido o único parlamentar a participar da reunião realizada pela Associação de Esposas dos Policiais Militares do Maranhão.
A questão é que o atrelamento de Cabo Campos ao Governo Flávio Dino tem lhe deixado “engessado” na verdadeira luta pela Polícia Militar do Maranhão e com a proximidade do pleito de 2018, seu desgaste diante da categoria e as atuações de outros parlamentares em defesa dos policiais militares, como Sousa Neto (PROS) e o próprio Wellington, acabaram incomodando.
Na política, isso se chama o ônus e o bônus de ser governista, Cabo Campos fez a sua escolha e os policiais militares irão fazer a sua em 2018.
Por Jorge Aragão

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