Se o futebol profissional do Brasil vai mal, times grandes mal administrados, devendo quantias vultuosas, lutando contra o tão temido rebaixamento, outros lá e se matando pra subir, o órgão maior, a CBF - Confederação Brasileira de Futebol, vivendo uma crise sem precedentes, como tudo é relativo e proporcional, o Futebol do Maranhão também agoniza a olhos nus e pouco, nada, ou quase nada, pode ser feito para atrair patrocinadores para as equipes, assim como público para os estádios.
Uma coisa um tanto quanto bizarra, está acontecendo com times registrados na FMF - Federação Maranhense de Futebol, que não tem como formar equipes para disputar o campeonato, alugam suas marcas para que outras cidades apareçam e disputem o campeonato. A cidade de Bacabal, por exemplo, já ancorou o Americano Futebol Clube e o Babaçu. A coisa não vingou e nem mesmo o legítimo filho da terra, o BEC - Bacabal Esporte Clube, que já foi campeão maranhense, amarga uma divisão que jogará um seletivo para o honroso acesso à segunda divisão.
"A questão desses times que não tem condições de bancar, pagar cadastro de anuidade, taxas na Federação, tem um tempo de carência. O Tupã é o Boa Vontade vão disputar a seletiva esse ano, porque não disputaram a segunda divisão ano passado, então não tiveram classificação e aí se caracteriza como terceira divisão". Explica o ex- atleta e professor Renato Braga
O aluguel e a venda de times, virou uma boa opção para prefeitos que gostam do esporte e e que pensam no lazer do seu povo. O time do Juventude Samas que era de Caxias. foi comprado em 2016 por Dr. Miltinho Aragão, na época prefeito de São Mateus. O Babaçu que era de Bacabal foi comprado pela prefeitura de Tumtum, o Boa Vontade vai disputar a seletiva por Lago Verde, o Tupan fez uma parceria com o prefeito Zé Martim e vai pra seletiva representando a cidade de Cantanhede. Já o Timom, que mandava seus jogos em São Luís, em cumprimento a uma promessa de campanha do prefeito Rafael Leitoa, mandará seus jogos na cidade e o estádio está sendo reformado para receber os torcedores e ainda contratou o técnico Marlon, o Rei do acesso.
Rei do acesso, o atual técnico do Timon, que já levou à elite do futebol maranhense equipes como Bacabal, Cordino, Juventude e Tuntum, Marlon vê pontos antagônicos no futebol maranhense e com sua experiência, entende que se houver coerência e ajuda mútua, dá pra fazer um bom mercado
"O futebol de um modo geral tem que ter um bom planejamento, tem que ter o apoio, não só do poder público, mas da classe empresarial, e temos como exemplo o time do Imperatriz que fez planejamento e manteve a sua base com atletas que sabem jogar o futebol maranhense. Muitas vezes se monta uma equipe e sobe, e logo em seguida a equipe se desfaz por não poder manter essa base e a prova viva é a dificuldade que está tendo o Sampaio Corrêa, pois quando teve no topo do futebol maranhense e do futebol nordestino, tinha uma base sólida. O Futebol do Maranhão precisa também de um apoio maior da Federação pois sabemos, no fundo, que deixa muito a desejar diante de outras federações. Se o futebol maranhense tivesse mais apoio, seria melhor hankiado e a prova disso é que caímos no hanking". Desabafa Marlon
O Leão do Mearim, o Bacabal Esporte Clube, por anos aluga a sua sigla para outras cidades e no ano passado, sob o comando do atual vice-prefeito, o Dr. Emílio, Carvalho, disputou a segunda divisão, mas com os estádios Correão e Merecão interditados, o BEC mandou seus jogos na vizinha cidade de São Mateus, não obtendo nenhuma vitória e assim caindo para uma "imaginaria" Terceira Divisão que ganhou o nome de Seletiva.
"Assinei um documento passando todos os poderes de decisão sobre o BEC, ao meu vice Lambal, ele é quem resolve", explicou Rodrigo, diretor e detentor de toda a documentação do time.
Sem nenhum movimento que inclua o nome do Bacabal Esporte Clube na seletiva 2025, a equipe do BEC Master faz campanha para que as autoridades competentes façam a devida reforma no Estádio José Nery Corrêa, o Correao e consequentemente recuperem o BEC..
"Mobilização em prol do Estádio Correão e do nosso Bacabal Esporte Clube.
Precisamos nos unir e começar a fazer alguma coisa galera. Afinal de contas o estádio e o time do Bacabal é patrimônio nosso. Não podemos nos calar. Falamos em nome de todos que amam essa cidade. É muito triste ver a situação desse estádio. Muitos de nós já tivemos momentos de festa, alegria e confraternização, e hoje o que nos resta é a lembrança e um enorme monumento que nos traz tristeza e saudades, exatamente como o túmulo de um ente querido
Vamos nos reunir. fazer vídeos, fotos e divulgar nas redes sociais. Vamos pra cima. E nossa história e legado que está em jogo.
Assim diz a nota divulgada nas redes sociais.
Em uma viagem com o Eterno Senador e vereador licenciado João Alberto e seu filho, o ex-deputado federal e atual Superintendente do Denit João Marcelo, ouvi deles a seguinte explicação. "Pelo que estamos sabendo e foi amplamente divulgado, o governador do MA vai entrar com 4 milhões e o Ministério dos Esportes com mais 4 milhões para a reforma do Correão".
Na última sexta-feira eu, o jornalista e blogueiro Abel Carvalho, o advogado e blogueiro Louremar Fernandes, nos reunimos com o Eterno Senador e vereador licenciado João Alberto e ficamos sabendo que a reforma do Estádio Correão está orçada em 20 milhões de reais e que o projeto está pronto.
BEC - Bacabal Esporte Clube, é uma marca, mas, enquanto nossos estádios não tiverem preparados para receber os jogos e o público, poderemos ver o nosso bem esportivo maior representar outra cidade, e o pior, sem condições de competir com igualdade ou superioridade, colecionar mais uma decepção.
O ex-atleta Renato Braga que faz parte do time da cidade de Cantanhede e que vai disputar o seletivo, ainda vê luz no fim do túnel e aponta soluções, mesmo dentro de um quadro caotico em que nosso futebol se encontra. "Agora na final do campeonato maranhense, o governo investiu RS 250 mil reais em premiação e ingressos baratos, a preços populares. Eu acho que se tivesse um programa como teve no passado de Nota na Mão, o Cupom Fiscal, iam mais pessoas aos estádios e ajudariam os clubes, isso porque a Federação não ajuda ninguém, até as bolas são compradas, a arbitragem cara, o nosso estado é muito grande em dimensões territoriais, tudo isso proporciona para que o nosso futebol não cresça. Temos o exemplo do Sampaio Corrêa, praticamente sem série no ano que vem, e é um time de expressão em todo lugar que se vá".lamenta Renato Braga.
Tudo isso que o futebol maranhense está enfrentando agora, quase todos oa estados, com pouquissimas excessoes, tammbem estão enfrentando e isso é reflexo do que está acontecendo na CBF.
"No campeonato Maranhense pra disputar a série C, o seletivo, o Lago Verde está se arrumando o Tupan está se arrumando, o Timom está organizado e é um sério candidato a conquistar a vaga", reitera Renato Braga.
Enquanto as equipes se organizam, o time do BEC - Bacabal Esporte Clube, vê seu atual mandatário, o promoter Edmilson Santos, o popular Lambal, voltar todas as suas atenções ao seu rentável comércio, o Bar do Bulão, e pelo andar da carruagem, sem estadios pra mandar seus jogos, será mais um ano sem o futebol do tão querido Leão do Mearim





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