- Qual o futuro dessa
criança?
Embora tenha um monte de
fatos a serem explorados pela imprensa maranhense, a noticia que tomou conta
das redes sociais, dos jornais, das televisões, das rádios, das tribunas, do
papo da esquina, da mesa do bar durante toda a semana, foi o ato tresloucado de
uma mãe que jogou seu filho de sete meses de cima da ponte do São Francisco a uma altura de
aproximadamente 30 metros. O “crime”, foi testemunhado por um casal que passava
de carro e, providência divina, passavam pelo local, dois bravos soldados do
Batalhão Tiradentes, pelotão da Policia Militar do Maranhão que foi treinado
pelo coronel Marques Neto, que rasgaram
a lama e socorreram o pequenino que por instinto humano, engatinhava na tentativa de
se salvar. Ninguem cai de uma altura de trinta metros e não se quebra. É aí que
se torna mais forte a presença de Deus. São Francisco também intercedeu por esse bebê, afinal, seu nome está ligado diretamente a esse triste episódio.
Presa a mulher, salva a
criança, noticia viralizada e um sem fim de opiniões. Luz, câmera, ação,
soldados heróis, condecorações, certificados, medalhas, carona nos fatos. Foi
grande a dimensão do acontecido, em todos os sentidos, que até virou manchete
nacional.
- É uma criminosa, diziam
alguns. – Merece pena de morte, comentavam outros. Que mal lhe pergunte: - Qual
condenação que essa mãe merece?... Coitada, essa mãe já nasceu condenada por
uma doença mental, carrega no hospício da sua existência o preconceito, a
discriminação, e as chacotas do dia a dia, lhe confundem ainda mais e as suas
reações, para quem tem distúrbio mental e sofre booling, pode até ser
considerada natural.
É fácil dar opiniões
cercadas de méritos sobre qualquer desventura, julgar e condenar quando não se
conhece o conjunto da obra. É preciso conhece-lo, é preciso esmiuçá-lo até o
átomo..
- E qual o futuro dessa
criança? Tomara que um dia ele não precise se lamentar – Por quê que eu não
morri quando minha mãe me jogou de cima da ponte? Essa criança já está
estigmatizada, ira carregar nas costas a mancha, não da queda física, mas da
queda de um ato que sempre virá à tona como chacota e que pode lhe levar também,
a atos tresloucados. A vida imita a vida. Essa mãe, assim como essa criança,
estão precisando de ajuda e agora cabe aos poderes constituídos, procurar, achar, julgar e condenar o
verdadeiro autor desse episódio, o pai desse filho indesejado.
Espero que o futuro dessa
criança não seja simplesmente um mar de lama que supostamente lhe manteve com vida, que o seu futuro tenha trinta metros de altura e seja como o final da sua queda: Amparado por Deus e com as bênçãos do protetor São Francisco.
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