O
deputado federal e pré-candidato ao Senado, José Reinaldo Tavares, concedeu
mais uma entrevista esclarecedora sobre o seu rompimento com o governador
Flávio Dino.
A
contundente entrevista foi concedida ao jornalista Benedito Buzar e publicada
na coluna Roda Viva, de O Estado, na edição deste fim de semana.
O
ex-governador acredita que Flávio Dino não conseguirá eleger nenhum senador da
sua chapa, afirma que perdeu a confiança no governador, fala da ajuda que deu
para a eleição de Dino em 2006 e voltou a detalhar os motivos de sua saída do
grupo comandado pelo comunista. Veja abaixo alguns trechos importantes da
entrevista.
Rompimento
– “Eu fiz parte de um projeto político que começou em 2006 e Flávio Dino veio,
na ocasião, me pedir que o ajudasse a ser deputado federal. Eu achei que seria
bom para a política trazer quadros novos com um perfil como o dele, e o ajudei.
E ele acabou eleito governador. E eu procurei sempre ajudá-lo, com a
experiência adquirida no exercício do governo por cinco anos aproximadamente.
Mas, a política nada mais é que uma extraordinária arte de relacionamento
humano, de muita conversa e muito diálogo visando o entendimento e até um
compromisso e não encontrei isso no governo de Flávio Dino, e as conversas
foram escasseando, até chegarmos a completa falta de diálogo pessoal, sem o
qual não há entendimento. E tudo piorou nos últimos seis meses em que me senti
várias vezes desrespeitado, até chegarmos a um ponto que levou ao rompimento
político. Eu só tenho um bem que me sustenta na política: é a minha palavra.
Hoje não tenho a menor possibilidade de voltar a apoiá-lo de novo. Perdi a
confiança no governador.
Promessa
– “Ainda no primeiro ano de governo, o governador nos convidou, com mais alguns
políticos, para uma espécie de conselho político e nos ofereceu um almoço. Essa
foi a primeira e última reunião desse chamado conselho. E eu, no encerramento
do almoço, falei a ele do meu desejo, tantas vezes adiado, de ser candidato ao
senado. Ele disse: ‘claro, ninguém merece mais que você’. E eu repetindo o
próprio Flávio na conversa que teve comigo onde pediu minha ajuda para ser
político, disse que para isso contava com o apoio dele a minha candidatura e
ele foi muito gentil e garantiu apoio total a mim. Nessa ocasião e durante os
primeiros anos do governo acreditei sim. Mas, de um ano para cá, as coisas
mudaram, principalmente, nos últimos seis meses, por isso, deixei de
acreditar”.
Sem
Volta – “De maneira nenhuma. Não existe mais relação de confiança entre nós que
permitisse isso”.
Eduardo
Braide – “Não voltarei ao Grupo Sarney. Nessas eleições vou apoiar Eduardo
Braide, para governador. Acredito muito nele, um jovem e promissor talento que
desponta na política do Maranhão, com muito futuro”
Terceira
Via- “Acredito na terceira via, pois temos Braide, Roberto, Maura, Ricardo,
entre outros, uma realidade muito importante na política do Maranhão”
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