BRASÍLIA CONHECE, PEDREIRAS ESQUECE!
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Ah, a democracia interiorana… esse festival cíclico de abraços forçados, promessas empilhadas e sorrisos tão largos quanto os adesivos em carros alugados. Lá vêm eles — os "nobres" DEPUTADOS FEDERAIS — saindo do exílio urbano com ares de conquistadores, em direção às praças esquecidas do Maranhão, onde o mato cresce mais rápido que as emendas prometidas.
Durante quase quatro anos, esses senhores de terno engomado e telefone mudo tornam-se lendas vivas: ninguém os vê, ninguém os ouve, ninguém os acha — a não ser que você tenha uma selfie para postar ou uma carreata para puxar. A tecnologia até tenta: você liga, manda mensagem, reza... mas o celular do deputado parece atender só à torre de Brasília.
E aí chega o momento sublime: a campanha. Acordam de um sono profundo e descem dos gabinetes refrigerados direto para o chão rachado do sertão, onde falam como se sempre tivessem morado ali. Os discursos inflamados se repetem como novena de promessa: "Vamos lutar por vocês!" – dizem, com a convicção de quem mal sabe o nome da cidade onde estão. É um teatro bem ensaiado, digno de Oscar.
O vice-prefeito Dr. Walber, com a sinceridade que só o esquecimento provoca, mandou a real: "Tem deputado que só vem aqui para levar nossos votos." E não é que tem mesmo? Fábio Macedo, por exemplo, parece ter tirado férias prolongadas de PEDREIRAS-MA, deve ter confundido “representar o povo” com “fazer turismo esporádico”.
Mas a culpa, dizem eles, é da agenda cheia. Coitados, entre um cafezinho com lobista e uma reunião sobre nada, quem é que tem tempo para lembrar que o interior existe?
Resta ao povo interiorano sua única certeza política: depois da eleição, a cidade voltará a ser visitada... da mesma forma que se visita um parente distante — com relutância, formalidade e só quando precisa de alguma coisa.
Autor desconhecido.


Triste realidade, mas se aplica a todas as cidades do norte e nordeste
ResponderExcluirBacabal não é diferente,pelo contrário não vou a Brasília,fico logo ali ALEMA
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