A
gestação
determina uma série de transformações na vida de uma mulher. Essas alterações,
que são de natureza anatômica e fisiológica, geram ansiedade e também uma série
de cuidados. Para a vida de uma futura mamãe
com diabetes não é diferente, contudo, as precauções e as
preocupações são maiores. Seguem abaixo 10 coisas que toda gestante com diabetes
deve fazer e saber.
1- Todas as malformações
que acontecem nos filhos de mães
com diabetes afetam órgãos que se formam nas oito primeiras
semanas de vida intrauterina. É importante programar a gravidez para que a
futura mamãe esteja recebendo o devido tratamento.
2- Caso a mãe engravide
sem uma programação, não há motivo para pânico. O medo e apreensão dificultam o
controle da taxa de glicemia
no sangue. A melhor saída, em todos os casos, é ter confiança, procurar um
médico imediatamente e seguir à risca todo o tratamento.
3- Bebês nascidos de
mães com diabetes
podem apresentar um maior risco de desconforto respiratório, macrossomia,
policitemia com hiperviscosidade, hipoglicemia,
malformações congênitas, hipocalcemia e hipomagnesemia, mas o controle
glicêmico adequado durante a gravidez evita estes tipos de complicação.
4- Muitas mães se sentem
culpadas e temerosas de que o filho venha a ter problemas por conta do
diabetes, atitude que dificulta o tratamento. É preciso ter pensamento positivo
sempre. O apoio da família, e em determinados casos, de um psicólogo são
importantíssimos nesta fase.
5- Até o presente
momento, não há estudos que comprovem a segurança de antidiabéticos orais,
por isso, não são recomendados para realizar o controle de glicemia das gestantes. Mesmo
atravessando a barreira placentária, porém em pouca quantidade, a insulina é o método
mais eficaz e indicado pelos médicos para manter a glicemia controlada. Mulheres diabéticas
que usam medicação oral não devem interromper o seu uso até a consulta médica,
que deve ser providenciada o mais breve possível
6- Independente de o
parto ser normal ou cesáreo, a mãe tem que ter uma assistência médica constante,
pois a necessidade de insulina diminui após o nascimento do bebê, podendo
provocar uma hipoglicemia na mãe.
7- A automonitorização glicêmica,
que é a prática do paciente diabético de medir e regulamentar a sua própria
glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico, é fundamental na
época da gestação. Junto ao pré-natal, é importantíssimo que a futura mamãe o
realize constantemente, com orientação médica.
8- A mulher deve ainda
ser incentivada a realizar atividades físicas com exercícios próprios para
gestantes, como hidroginástica, caminhadas e aulas de alongamento e relaxamento
corporal, porém, sempre respeitando seus limites. Mulheres que não costumam fazer
exercícios físicos, devem aguardar a orientação do médico sobre o que podem
fazer.
9- É importantíssimo
cuidar da alimentação, praticar exercícios e realizar os exames recomendados,
como fundo de olho e microalbuminúria
a cada trimestre da gestação, de acordo com a indicação médica.
10- Na hora de escolher entre o parto
normal ou a cesárea, a decisão é da paciente, que pode tirar dúvidas com o
médico obstetra. A escolha do tipo de parto vai depender bastante do estado de
saúde da mãe e do controle do diabetes. Por isso, há necessidade de uma
assistência médica constante, de preferência com um obstetra especializado em
gestações de alto risco. Cada vez aumenta o número de partos bem sucedidos de
gestante com diabetes, com mãe e bebê perfeitamente saudáveis e sem
complicações.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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