A Defensoria Pública Estadual do Maranhão (DPE/MA)
recebe por dia, uma média de cinco pedidos judiciais que determinam a
internação de pacientes em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em
hospitais da rede pública municipal e estadual.
De acordo com o defensor público Cosmo Sobral, a
morosidade do governo em cumprir determinadas ações é frequente e atrasa o
andamento das solicitações. “o que temos vislumbrado na prática é o aumento
crescente por leitos de média e alta complexidade. E geralmente os leitos de
UTI são os mais demandados aqui nos períodos de plantão tanto durante o dia
quanto especialmente durante a noite”, conta.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que na
central de regulação de saúde do estado não há um número oficial da lista de
pacientes que esperam por uma vaga de UTI. Segundo o coordenador da central, o
atendimento depende do quadro do paciente e da sua especificidade.
“Em algumas situações, nós temos casos de pacientes
que precisam de uma determinada especialidade que naquele momento às vezes não
tem a vaga. E para isso a gente trabalha, nós temos uma central integrada de
leitos que estão em parceria com hospitais estaduais e municipais”, diz Egídio
de Carvalho, coordenador da central de regulação.
Espera por uma vaga
Nessa quarta-feira (25), uma senhora de 68 anos
diagnosticada com um tumor na cabeça, foi transferida da Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) no bairro Vinhais em São Luís para a UTI de um hospital na
capital. A transferência só ocorreu 48 horas após a determinação da Justiça que
havia dado ao estado um prazo de 12 horas.
Segundo o filho da paciente esta é a segunda vez
somente este ano, que a aposentada precisou de um leito na UTI e a família foi
obrigada a recorrer na justiça para conseguir uma vaga. “É muito angustiante e
desgastante”, diz Carlos Sérgio.
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