Em
público, o governador Flávio Dino (PCdoB) e os seus aliados pregam o discurso
da vitória assegurada em 2018 e da força política do seu governo para subjugar
os adversários. Nos bastidores, o governador comunista usa todo o aparelho
estatal para lotear o governo, negociando cargos em troca de apoios, num claro
abuso de poder político a um ano do pleito.
E Flávio
Dino negocia apoios porque não tem segurança no próprio discurso de vitória;
porque sabe que a população já percebeu o fracasso do seu projeto de mudança e
convive diariamente com as concupiscências de sua gestão. E para sobreviver vem
mordendo a língua, agindo da forma que dizia condenar.
Há dois
problemas claros enfrentados pelo governador comunista a influenciar o seu
trabalho de cooptação partidária, em troca de espaço no governo: o primeiro é o
tamanho do seu próprio partido, o PCdoB. Sem tempo na propaganda eleitoral e
sem força popular capaz de mobilizar massas, o PCdoB depende do tempo e da
militância de outros partidos para sobreviver numa campanha. PT, PDT, DEM, PTB,
PP e PR têm exatamente isso que os comunistas precisam, daí a “venda” de cargos
na estrutura do governo.
O segundo
ponto é a força partidária que a oposição em suas várias vertentes começa a
mostrar ao comunista: Roseana Sarney tem o PMDB, deve reunir o PSD e mais o PV,
para ficar apenas nos três mais consolidados. Só eles já garantem praticamente
o mesmo tempo que Dino terá com o ônus de vender o governo.
Além de
Roseana, Roberto Rocha, com o seu PSDB, tem também tempo para fazer frente ao
comunista. E se conseguir atrair PSB, DEM e PPS, como se discute nacionalmente,
aí terá à disposição uma força na propaganda significativa para enfrentar o
ex-aliado.
É por
tudo isso que Flávio Dino se movimenta em busca da salvação do mandato e da
reeleição. Lamentável que, para isso, faça tudo o que sempre disse condenar.
Coluna
Estado Maior
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