O
governador Flávio Dino (PCdoB) foi às redes sociais na manhã de ontem para
reclamar dos senadores Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha
(PSB). Ele acusa os três senadores de se recusarem a cumprir um acordo que
garantiria R$ 160 milhões em emendas para municípios maranhenses. O comunista
diz que os parlamentares também exigem que metade desses recursos seja
encaminhada aos municípios de sua indicação.
Para
Dino, os senadores agem assim para prejudicá-lo. Tolice do governador
comunista. É óbvio que, sendo os autores das emendas, João Alberto, Lobão e
Roberto Rocha vão encaminhá-las, naturalmente, às suas bases eleitorais, aos
prefeitos aos quais são mais ligados. E nada há de errado nisso, a não ser o
cumprimento do acordo, se tiverem mesmo firmado.
Além do
mais, Flávio Dino é o único maranhense que não pode reclamar de questões
relativas a emendas parlamentares. Qualquer maranhense poderia reclamar, menos
ele.
O
governador que vai às redes sociais reclamar que senadores não querem destinar
emendas impositivas à saúde dos municípios – e os acusa de fazer isso por
revanchismo político – é o mesmo que se nega a liberar emendas dos deputados
Eduardo Braide (PMN), Edilázio Júnior (PV) e Graça Paz (PSL) para o Hospital do
Câncer Aldenora Bello.
E o faz
por puro revanchismo político, já que todos esses parlamentares têm
posicionamento crítico em relação ao seu governo. Ele também tem articulado sua
bancada para impedir que um projeto do deputado César Pires (DEM), que torna
impositiva as emendas no Maranhão seja votado.
Portanto,
se existe no Maranhão alguém que não pode reclamar de quem não libera emendas,
essa pessoa é o governador.
Coluna
Estado
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