O senador
João Alberto de Sousa (PMDB) foi à tribuna do Senado para condenar o avanço da
violência no Maranhão nos últimos 10 anos. E constatou o senador que, em 2015,
segundo o Atlas da Violência, o número de assassinatos no Maranhão registrados
em 2015 foi praticamente três vezes maior que em 1995. Foram 2.438 mortes deste
tipo em 2015 contra 935 há uma década.
O discurso
do senador maranhense se coaduna com outro dado alarmante, este registrado na
edição de hoje de O Estado. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram
que somente nos três primeiros dias deste mês já ocorreram 13 mortes violentas
na Ilha de São Luís, uma média de quatro por dia. A maioria dos casos foi de
homicídio doloso com uso de arma de fogo. Somente ontem foram três
assassinatos.
Falando
com a experiência de um especialista no setor – que ostenta índices de
segurança plena no Maranhão em seu período de governo (1989/1990), João Alberto
avançou na questão para o problema envolvendo a população indígena.
Com base
em documentos e pesquisas, o parlamentar mostrou que, em 2016, nada menos que
seis índios Guajajara foram assassinados na região de Grajaú. Ele lembrou ainda
o assassinato do blogueiro Manuel Benhur, morto com um tiro pelas costas
enquanto dirigia sua moto em pleno centro da cidade.
“Em
Grajaú, para uma população de pouco menos de 70 mil pessoas, a taxa de
homicídios é 39,95 óbitos por 100 mil habitantes”.
Apontando
problemas no comando das forças de segurança e a falta de ações eficazes do
governo em combater a violência, João Alberto concluiu seu pronunciamento no
Senado para falar de mudança. E não teve dúvidas em vaticinar: “A violência no
Maranhão mudou. Para pior”.
Coluna
Estado Maior
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