segunda-feira, 26 de agosto de 2013










DEPOIS DA INFÂNCIA

E disfarçamos. O que pode ser normal
Nossos olhares se cruzando
Como mãe e filho, nós dois conversando
E fingimos e mentimos muito mal.

Tu pedes que eu seja igual
À criança que eu era antigamente
Mas os tempos são outros, tudo é diferente
É o verdadeiro torpedo da idade fatal.

Preenchendo todos os espaços
O que fazes por nós e o que faço
Faz de nossas vidas um simplório perigo.

Ao te ver neste grande embaraço
Pois aquela criança que pegastes nos teus braços
Hoje adulta faz amor contigo.

Do livro " Céu de Estanho" de Zé Lopes





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