quarta-feira, 28 de agosto de 2013












OMBRO AMIGO

O que me faz de ti tão desigual
É o medo de amar que te condena
É a fuga das paixões que te envenena
É o viver na solidão que te faz mal.

Rumino meus lamentos, salivo a agonia
O resto do bagaço cuspo em tua cara
Crônica, tua dor de não querer não sara
Benigna a minha dor de te querer dispara.

Recorro as cinzas de um passado antigo
Abrigo o devaneio do suposto instante
Degusto o que de ti se torna meu castigo.

Prendas tão difíceis a mim mesmo obrigo
Por ver o meu amor cada vez mais distante

Ante ao que lamento no teu ombro amigo.

dó livro "Céu de Estanho" de Zé Lopes

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