quarta-feira, 27 de março de 2019

OPINIÃO – CADERNO ESTADO MAIOR - MENOS MILITÂNCIA, MAIS GESTÃO


Em plena terça-feira, pela manhã, horário de trabalho, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) deixa sua função de lado e incorpora o militante político-estudantil em Brasília.
Dando as costas aos problemas graves causados pela chuva diante das gestões municipais e estadual ineficientes para acabar com os tormentos no período chuvoso, o comunista segue em busca de seu objetivo pessoal, que é ser candidato à Presidência da República em 2022. Reunido com Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Sônia Guajajara (PSOL) e Ricardo Coutinho, Dino emite nota contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL), que, mesmo com as numerosas idas e voltas em menos de 100 dias de gestão, se volta para a sua função. Algo que Dino não faz.
O governador deveria se voltar para o problema da Previdência no Maranhão e não somente criticar a tentativa de reforma do sistema previdenciário proposto pelo governo federal.
Existe um deficit de mais de R$ 2 bilhões – feito pela gestão Dino – no Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa) e previsão de vendas de imóveis para cobrir parcialmente o buraco criado pelo governo comunista. A Saúde está na UTI, com corte da verba disponível por meio de convênios com os municípios que garantia o funcionamento de hospitais de 20 leitos no interior do estado.
Estradas deterioradas, multa para o estado por se apropriar indevidamente de dinheiro do Porto do Itaqui, e os maranhenses com o fôlego curto de tanto pagar impostos cada vez mais altos depois de três reajustes do ICMS no estado.
E Flávio Dino prefere sair dos limites do Maranhão, seja em reuniões político-partidárias pensando daqui a mais ou menos quatro anos ou por meio de propagandas em jornais de circulação nacional a custo alto, para mostrar um estado que não existe na prática.
O governador bem que poderia lançar um programa chamado “menos militância, mais gestão” e assim começar trabalhar efetivamente no Maranhão.
Cenário complicado – A República do Maranhão, instituída por Flávio Dino em janeiro de 2015, não vai nada bem. Déficit primário de 2018 deverá ser um dos maiores da gestão dinista.
Isso significa que o que o governador não conseguiu pagar em 2016 ficou para 2017, que não foi todo sanado e acabou caindo para 2018, que mais uma vez não honrou com os restos a pagar.
Resultado é uma bola de neve que vem engolindo empresários e fornecedores que precisam receber pelos trabalhos feitos, mas estão sem perspectivas reais.
Mais empréstimos I – E com tantas contas no “vermelho”, o governador quer contrair mais um empréstimo. Desta vez, o comunista pede autorização da Assembleia Legislativa para uma operação de crédito de R$ 600 milhões.
A proposta já se encontra na Assembleia e deverá ser aprovada com facilidade, já que o comunista tem maioria na Casa. O novo empréstimo, segundo justificou o governador, será para pagar precatórios que já venceram e que vencerão até dezembro de 2024.
Mais empréstimos II – Este será mais um empréstimo do governo Flávio Dino. Há cerca de um mês, a gestão comunista assinou com o Banco Interamericano um empréstimo de U$ 35 milhões, algo em torno de R$ 130 milhões.
Antes disso, Dino já havia conseguido emprestado verba que ultrapassa R$ 1 bilhão. Isso sem falar que recebeu em caixa, quando assumiu o comando do Maranhão, mais de R$ 2 bilhões de empréstimo do BNDES.
Estado Maior


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