sexta-feira, 6 de setembro de 2019

OPINIÃO – CADERNO ESTADO MAIOR - CAMINHO MAIS CURTO


O caminho para que o Maranhão entre no mercado bilionário aeroespacial foi encurtado no fim da noite da quarta-feira, 4, pela Câmara dos Deputados. Isto porque mais de 330 parlamentares votaram “sim” a favor do requerimento do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB) com pedido de urgência para votação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST).
Com isso, a proposta do governo Bolsonaro não mais precisará passar pelas sessões nas comissões de Constituição e Justiça e de Ciências e Tecnológica da Casa. Os pareceres das comissões serão dadas em plenário.
Fica um questionamento básico: é bom passar por cima do trâmite previsto no Regimento Interno da Câmara Federal? Para os membros da base aliada do presidente Jair Bolsonaro, é necessário porque o acordo vem sendo costurado há quase duas décadas.
Para os que se opõem, a pressa não deixará com que a sociedade se aprofunde sobre o acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos, envolvendo a base de Alcântara e deixando comunidades quilombolas do município sem a certeza de que não perderão seus espaços.
De qualquer forma, os deputados – a favor e contra – ainda terão um tempinho para entender melhor a proposta e garantir que a soberania nacional será preservada e que as questões sociais não sejam preteridas sobre as questões econômicas.
Bancada do MA – Da bancada do Maranhão, votaram no requerimento de Pedro Lucas 16 dos 18 deputados federais. E dos presentes, somente dois votaram contra: Márcio Jerry (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB).
Os ausentes foram André Fufuca (PP) e Zé Carlos (PT). Para quem foi contra, o argumento foi a falta de tempo para debater melhor a proposta, que, por sinal, Jerry e Pindaré se colocam a favor, mas desde que haja mais transparência no debate.
Estado Maior

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