quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

COM A PALAVRA-CENAS DO COTIDIANO XXXVII - POR ZÉ CARLOS GONÇALVES

CENAS DO COTIDIANO XXXVII

     A Ilha vem sangrando com a onda de violência, que a assola, sem piedade e dó. E, para nosso desespero e tristeza, as mortes vão se multiplicando, a nos deir sem explicação alguma

    e, sem explicação alguma, essa onda de violência, também, vai devastando o interior do nosso estado, outrora tão pacato e fraterno; onde se tornou até difícil "de respirar" tranquilo 

    e difícil, mesmo, está assistir aos telejornais, que se vêm sustentando, quase que exclusivamente, com tantas e tamanhas tragédias. Como se dizia antigamente, é um crime "atrás do outro", a invadir os nossos lares. A verdade é que se banalizou a morte

... e, ainda pior, a verdade é que tal banalização de crimes, de todo tipo, se espalha "por tudo quanto é lado". O que é cruel e lamentável 

     e, triste e lamentável, é a cena da esposa agredida, "trepando" em uma viatura da polícia, para impedir que o marido agressor fosse conduzido a uma delegacia 

     e, com esse comportamento, ela lhe dá a chance de sair impune. E o pior é que, se esse pulha se sentir livre, a próxima ocorrência pode ser a última

     e, sem querer ser sádico, é o cúmulo do amor doentio. E pessoa alguma merece, ou deve, passar por tamanha humilhação 

    e, humilhação também, é o serviço de telefonia, que "vortô au tempo im qui lamparina dava chôqui". Fazer uma simples ligação virou "a sorte grande", sorteada num enferrujado realejo

    e, verdadeiramente, sem sorte, estamos nós, que não temos quem nos represente. Será que os nossos eleitos não se utilizam de tão humilhante e ruim serviço?! E reclamar já não adianta nada. Continuamos a berrar ao vazio

    e, não ao vazio, mas berraram ao mundo, com muita "corági", os dois sambentoenses, que apostaram na vitória de seus times; e, percebendo o ridículo da promessa, "voltaram atrás", como bem se diz na Baixada. E, aí, confirmam a máxima de quem que tem .. tem medo. E que medo! O medo, que foi tanto, que nem "o pução" dei jeito, levando o sujeito perdedor a escafeder-se, sumir, "tomar doril". E, com certeza, não terá mais "sussego" em sua vida. "Besta! Tá pensano qui o .. do amigo é refresco!"

     e, como cada um deve cuidar "do seu", vou me recolher, já que está em casa, ainda, é possível. Não se sabe até quando!


     Inté maise!


         Zé Carlos Gonçalves

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