domingo, 28 de outubro de 2018

COLUNA DO ZÉ LOPES - CÉSAR BRITO E EDVAN BRANDÃO - O VALOR E PREÇO DO VOTO


Tenho uma grande amizade, chega até ao nível de cumplicidade, com o advogado e vereador Dr. Jefferson Santos, o popular “Corró”. Sempre estamos juntos e conversamos muito sobre música e futebol, pouco falamos em politica, e, n’uma dessas poucas vezes, logo quando Zé Vieira foi cassado, ele me disse: - Se o candidato for o Roberto Costa, se elegerá com facilidade, mas se for o Edvan Brandão, o nosso grupo tem alguma chance.

E realmente teve a sua chance. Embora virtual, César Brito, através do blog hospedeiro da sua campanha, divulgou um suposto apoio à sua candidatura por parte do prefeito cassado Zé Vieira, e tentou herdar o legado do velho, mas não deu certo. O acordo financeiro estava muito além das finanças do candidato.

Sem o apoio de Zé Vieira, Cesar Brito caiu em campo e comprou um bom número de lideres e também comprou um montão de votos, prática flagrada pela policia federal e que levou o ex-vereador Erivelton Martins para detrás das grades.

César Brito saiu comprando votos e o seu principal aliado nas redes sociais, o blogueiro Sérgio Mathias, bombardeou por demais o Edvan Brandão com um monte de noticias destrutivas, infundadas e caluniosas  e que a assessoria de comunicação do prefeito não contratacou, fez vistas grossas e por vezes, a mentira acabou virando verdade..

A campanha de Cesar Brito ia bem até que o dinheiro acabou e de agiota para agiota, ele recebeu um grande golpe. O conhecidíssimo Pacovan veio a Bacabal para sondar as coisas e vendo que o barco estava afundando, não confiou nas promessas do candidato e não lhe emprestou o dinheiro pedido. Cesar então apelou para o ex-prefeito de Bom Lugar, o agropecuarista Marcos Miranda, que para lhe emprestar a bagatela de 800 mil reais, lhe pediu apenas a secretaria de educação, só que esta já estava amarrada em um negócio com o deputado federal Júnior Lourenço.. Quem pensava que ele tinha tanto dinheiro, se enganou, e na reta final,  acabou por pedir míseros 200 mil reais a um advogado, seu aliado.

A derrocada de César Brito teve seu ápice quando foi conivente com o maior inimigo de sua campanha, o apresentador Israel Braga, que de forma irresponsável escreveu em seu blog que o senador João Alberto e o prefeito Edvan Brandão eram os mandantes do assassinato do jovem delinquente Ewer, que por sinal, era seu amigo íntimo.

Essa ação foi tão desastrosa que o impacto foi imediato. A carreata e o comício de César Brito no mesmo dia foi um fiasco, atraindo pouco mais de 200 pessoas para ouvir o Governador Flávio Dino e o Senador Ewerton Rocha, que, para selar a queda do imperador, em seus discursos, teceram muitos elogios ao prefeito Edvan. 

Quando tiraram Israel Braga de cena e entrou Sérgio Matias, a coisa piorou pois as mentiras e armações arquitetadas pelo blogueiro, surtiu efeito contrário e a população odiou as farsas e as ações dos dois foram diretamente responsáveis pela derrota acachapante do agiota.  Um peso insuportável que caiu sobre as costas de César Brito em toda a sua campanha, foi justamente o estigma de "agiota", maciçamente detonado pela mídia e a derrota de Simplicio Araújo para deputado federal, somado a ausência do deputado reeleito Carlinhos Florêncio, pai do seu vice Florêncio Neto, mesmo maquiada pela imprensa aliada, desandou e o castelo do grande imperador ruiu.


Criado por Sérgio Matias, o jargão “olha a onda” que cooptava aliados para o grupo de Zé Vieira, pouco a pouco foi se tornando uma marola e trazendo para a nossa região do Mearim, um pequeno banzeiro. Paulo Campos – derrotado na ultima eleição, Rogério Santos – derrotado na última eleição, Erivelton Martins – derrotado na última eleição, Negro Lindo, derrotado em duas eleições seguidas, Heitor Neto – derrotado na última eleição, Dr. Alberto Brito – derrotado na eleição anterior, , Rafael Franco - derrotado em várias eleições, Rachid Trabulsi - descontente com o sucesso da irmã, José Clécio – sempre ventila uma candidatura, mas nunca se lançou, o mesmo acontece com Soares do Brasil Atacarejo,   Kelma Loiola – derrotada na ultima eleição e com um adendo, seu pai e sua mãe, Dr. Coelho e dona Raimunda Loiola já foram prefeitos de Bacabal e sua irmã Mônica Loiola já foi vereadora por vários mandatos. Cabe aqui dizer que essa adesão de Kelma Loiola para o grupo de Zé Vieira, que tanto proferiu insultos à sua mãe e ao seu pai, foi de deixar os dois no plano espiritual em que estão, afogados em um vale de lágrimas. Todos esses que aderiram, são um sucesso nas suas profissões, mas fracassaram na política.

Já o Dr.  Nonato Chaves merece um parágrafo à parte. Ele que sempre foi um politico de destaque na cidade, vereador de vários mandatos, foi candidato derrotado para prefeito, mas com uma votação expressiva, sempre foi cercado pelo medo de arriscar e líder, que já foi, se perseverasse, teria agora todas as chances de comandar os destinos de Bacabal.

Quantos votos juntos Rogério Santos , Paulo Campos, Erivelton Martins, Negro Lindo, Heitor Neto, Dr. Alberto Brito, Rachid Trabulsi, Rafael Franco, José Clécio, Soares do Brasil Atacarejo, Kelma Loiola e Dr.  Nonato Chaves deram a César Brito? A matemática é fácil. 11 votos.

A campanha de Edvan Brandão também teve seus deslizes, pra começar, o trabalho de marketing, feito por pessoas que nem sequer conhecem Bacabal, não aceitavam opinião e pra piorar, a equipe cometeu erros crassos, como  não procurar a imprensa aliada para rebater falsas noticias, inclusive de que a marqueteira já tinha jogado a toalha.

O trabalho de rua da equipe do 20, a coligação “Bacabal em primeiro lugar” foi de primeira qualidade, o coordenador Jackson Leite, quando da realização do “Adesivaço do 20” mostrou que a cidade queria realmente o Edvan como prefeito e a “Carreata do 20” selou o caixão.

A veia política do senador João Alberto falou mais alto e a formação de um grupo muito forte onde ele recambiou a ex deputada Graciete Trabulsi para ser vice prefeita, os ex-prefeitos Jurandir Lago, Dr. Lisboa e Zé Alberto Veloso, os ex vices prefeitos Dr. Almir Junior e a senhora Taugy, o ex-deputado estadual e ex-vice governador Jura Filho, o cientista político Gilberto Lacerda, o deputado estadual Roberto Costa, o deputado federal, João Marcelo e a grande maioria dos vereadores, lhe deu tranquilidade para eleger Edvan Brandão para prefeito de Bacabal.

Bacabal está em boas mãos e o Edvan Brandão carrega a responsabilidade de governar a cidade em seu centenário, festa que tem que ficar na história. Agora é outro momento, não um novo momento, mas é preciso continuar com o trabalho que foi começado, é preciso correr para recuperar os quase dois anos de desmando, é preciso ajustar os trilhos para que Bacabal continue no rumo certo. O final já era previsivel, venceu o voto de valor e não o voto comprado.

Agora é só comemorar

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