As eleições
proporcionais são marcadas pela possibilidade de eleitos na disputa por uma
vaga nos legislativos sem, necessariamente, ter mais votos. Nas eleições para a
Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa deste ano, por exemplo, pelo
menos 17 candidatos tiveram mais votos que os últimos colocados que conseguiram
uma vaga nas Casas Legislativas.Para a Assembleia
Legislativa, o candidato eleito com menor votação foi Felipe dos Pneus (PRTB),
que obteve pouco mais de 21,7 mil votos. Ele se beneficiou com a votação do
companheiro de partido, doutor Leonardo Sá, que obteve mais de 22 mil votos.
Na contramão da votação direta, ou seja, os números absolutos de votos dados
para cada candidatos, há pelo menos 11 nomes que, apesar de ter mais votos, não
conseguiram uma vaga no Legislativo Estadual. Destes, sete estavam disputando a
reeleição.
Entre os nomes estão
Edivaldo Holanda (PTC), que teve mais de 39 mil votos, Ariston Gonçalves
(Avante), mais de 31 mil votos, Valéria Macedo – PDT, (29,6 votos), Fábio Braga
– SD, (28,9 mil), Belezinha, PR, (28, 7 mil), Raimundo Cutrim, PCdoB, (26,4
mil), Francisca Primo, PCdoB, (25, 7 mil) e Sérgio Frota (PR).
Federal – Já para
deputado federal, seis candidatos com votação expressiva acabaram ficando de
fora das vagas para a Câmara dos Deputados, em Brasília. A votação menor, entre
os eleitos, foi do pastor Gildenemyr (PHS), que teve pouco mais de 47,7 mil
votos.
No entanto, a votação muito expressiva de Eduardo Braide (PMN) fez com que o
pastor da Assembleia de Deus conseguisse a vaga no lugar, por exemplo, de
Simplício Araújo (SD), que tentava voltar a Câmara desde 2014, mas se contentou
com um cargo de secretário de Indústria e Comércio após fracasso nas urnas
naquele ano. Simplício teve 75 mil votos, quase 30 milo a mais que o pastor
Gildenemyr.
Outros nomes
tradicionais na política maranhense, como Victor Mendes (PSD) e Gastão Vieira
(Pros), também ficaram de fora das vagas, apesar do grande número de votos.
Mendes obteve 61,1 mil e o segundo, 57 mil.
Proporcional – A
representação proporcional no Brasil funciona assim: tem-se uma bancada com um
número determinado de vagas, no caso do Maranhão são 18 cadeiras de deputado
federal e 42 na Assembleia Legislativa.
Apura-se quantos
votos cada partido ou coligação teve e são atribuídas cadeiras a esses partidos
proporcionalmente aos seus votos considerando o coeficiente eleitoral, que é o
número de votos válidos dividido pelo número de vagas no legislativo. Em cada
legenda partidária ou coligação, serão eleitos os candidatos mais votados até
que se preencha o número de cadeiras obtidas segundo o coeficiente.
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