domingo, 13 de março de 2022

DIAGNOSE- MARÇO AZUL-MARINHO

 


Você já ouviu falar em câncer colorretal? Esse tipo de câncer pode atingir o cólon, que representa a maior parte do intestino grosso, ou a área final do órgão, região que fica a 15 centímetros do ânus, denominada reto.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto para cada ano do triênio 2022/2024 Esse é o segundo tipo mais frequente de câncer entre os homens, perdendo apenas para o câncer de próstata.

Em março, ocorre a campanha Março Azul-Marinho, que busca conscientizar sobre o tema e orientar sobre a prevenção da doença. A campanha de 2022 envolve ações da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras nove sociedades de especialidades médicas.

Temos que deflagrar essa campanha para conscientizar, para que, quando algum paciente tiver algum sintoma, pesquisar a possibilidade de ele ter tumor gastrointestinal. É necessário detectar os sinais da doença, já tomando as providências para alcançar sua cura e reduzir danos.


O câncer colorretal pode ser evitado por meio da adoção de uma rotina saudável, com uma dieta equilibrada, prática de exercícios físicos e o controle do peso. Muitos tumores surgem a partir de lesões benignas chamadas de “pólipos”. Essas lesões podem se desenvolver na parede interna do intestino grosso por 10 a 15 anos, dando origem ao câncer. Os pólipos podem ser retirados, ou o câncer pode ser curável, desde que seja diagnosticado precocemente.

A população também deve ficar atenta aos fatores de risco que elevam as chances de desenvolvimento desse tipo de câncer, como, por exemplo, o sedentarismo e a obesidade, que colaboram para o acúmulo de gordura visceral na região, o consumo excessivo de carne vermelha e a diabetes tipo 2. O consumo de álcool e o tabagismo também são hábitos que podem desencadear complicações no intestino grosso.

Sintomas de câncer no cólon ou reto

A pessoa que apresentar sangramento anal, fezes com sangue ou de coloração escura devem ficar atentas. Outros possíveis sintomas de câncer colorretal são desconforto com gases intestinais, cólicas, diarreias ou prisão de ventre que indiquem uma mudança na rotina intestinal, dor na região anal, perda de peso sem razão aparente e resultado de exame de sangue que indique suspeita de perda crônica de sangue.

É fundamental buscar atendimento médico assim que surgirem os sintomas. Pessoas com idade acima de 50 anos ou com histórico familiar de incidência de doenças no intestino grosso devem realizar exames regularmente, para avaliar as condições do órgão.


Qual exame detecta câncer colorretal?

O câncer de cólon e reto é diagnosticado principalmente por meio de um exame chamado colonoscopia. Trata-se da inserção de uma haste flexível no ânus do paciente, um pequeno tubo que possui fonte de luz e uma câmera para captar imagens do órgão.

 

A manipulação desse tubo, chamado de colonoscópio, vai permitir que o médico avalie o revestimento interno do intestino grosso e de parte do intestino delgado. O exame serve para identificar alterações no órgão, como a presença de pólipos, tumores, inflamações e úlceras. A depender do caso, o médico pode solicitar exames de imagem, de fezes e de sangue que sejam úteis para rastrear a doença.

O paciente diagnosticado com câncer colorretal pode passar por cirurgia para a remoção da área comprometida. De acordo com o tamanho do tumor, a localização e a extensão, pode ser necessário que o tratamento inclua radioterapia ou quimioterapia.

Diagnóstico precoce

Segundo informações do Instituto Oncoguia, quando o câncer é diagnosticado em estágio inicial, estima-se uma taxa de sobrevida em cinco anos para 90% dos casos. No entanto, 60%3 dos pacientes são diagnosticados quando o câncer já se encontra disseminado e as taxas de sobrevida são bem menores. Por essa razão, o diagnóstico precoce é fundamental para preservar vidas.

Quanto mais cedo o paciente buscar atendimento, mais eficaz será o tratamento contra o câncer. O problema é que o cenário de pandemia do coronavírus e medidas de distanciamento social podem impactar a rotina dessas pessoas. O momento atual está limitando a demanda por atendimento médico para o diagnóstico e o tratamento de doenças no intestino, o que gera preocupações sobre o possível agravamento dos pacientes.




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