Definitivamente, o
governador Flávio Dino (PCdoB), eleito sob o manto de uma mudança de paradigma
em todos os níveis, cada vez mais demonstra estar preocupado apenas com o poder
pelo poder. E para isso, faz qualquer negócio: diz e desdiz, nega o que disse,
desmente a si mesmo e usa uma palavra para cada interlocutor, beneficiando-se
de qualquer audiência.
Dino recebeu o
ex-presidente Lula na semana passada, em busca do espólio da esquerda e do
apoio do PT como substituto do tempo do PSDB em sua chapa.
Nada mais natural no
discurso de um governador que se elegeu por um partido historicamente de
esquerda e que flerta com esse campo do espectro político desde que deixou de
ser juiz federal, em 2006.
Mas o mesmo Flávio
Dino que apontou o caminho da esquerda na presença do ex-presidente Lula, só
precisou de uma semana para desmentir a si mesmo, e afirmar totalmente o
contrário, para tentar justificar a presença do DEM em sua base. “A chapa não
pode ir apenas à esquerda. Aqui é eleição entre os Sarney e os não Sarney”,
justificou.
Este é o Flávio Dino
em estado puro, o mesmo que, em 2014, acendeu uma vela para Dilma e outra para
Aécio Neves; o mesmo que tem o PSDB como vice e faz gracinhas para o PT.
Discurso de quem de
tudo faz para manter o poder. Aceita quem quer.
Coluna
Estado Maior
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