O vice-governador
Carlos Brandão foi o maior derrotado na reviravolta que o PSDB tomou em relação
ao Maranhão, garantindo ao senador Roberto Rocha (ainda no PSB) legenda para
disputar o Governo do Estado em 2018.
A derrota
de Brandão foi ainda mais significativa do que a do próprio governador Flávio
Dino (PCdoB), já que o governador nunca morreu de amores pelos tucanos e tem,
agora, o PT para fazer as vezes no tempo de propaganda eleitoral.
Brandão
sai fragilizado não apenas politicamente, mas eleitoralmente com vistas a 2018,
ainda que garanta aos aliados concorrer a uma vaga na Câmara Federal. Vice
quase figurativo no governo de Flávio Dino, o tucano nunca ocupou espaços de
poder, não ampliou a participação do PSDB no governo e vive diminuído em sua
terra natal, Colinas, pelo conterrâneo Márcio Jerry, principal auxiliar do
governador.
E até no
momento em que vê o partido que comanda tomar decisões à sua revelia, o vice de
Flávio Dino não consegue gerar fatos positivos para si mesmo. Sua suposta
tentativa de transferir-se para o PP – divulgada por blogs alinhados – esbarrou
na negativa do deputado federal André Fufuca, que garantiu nunca ter tratado do
assunto no partido.
Brandão
vai deixar o PSDB, obviamente. Isso porque pretende manter-se atrelado ao
governo Flávio Dino até as eleições. Até porque não tem clima e nem perspectiva
para seguir rumo diferente. Ficará no cargo, menor, porém, do que entrou.
Coluna Estado Maior
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