A
unha encravada, chamada em medicina de onicocriptose, é uma inflamação causada
pelo crescimento de parte da unha em direção à pele, provocando lesão da mesma.
A unha encravada costuma surgir no primeiro dedo, conhecido como dedão do pé. Neste
artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a onicocriptose:
COMO SURGE A UNHA ENCRAVADA
A
onicocriptose surge toda vez que a unha não cresce de forma correta, permitindo
que a extremidade lateral cresça em direção à pele, causando feridas,
inflamação e eventualmente, infecção do dedo.
A unha
normal deve crescer de forma vertical em relação ao dedo. A unha com forma
normal não deve roçar, ferir ou empurrar a pele ao seu redor.
Alguns
fatores facilitam o surgimento da unha encravada, entre os mais comuns podemos
citar:
– Uso de
sapatos apertados, fazendo com que os dedos dos pés fiquem se espremendo.
– Cortar as unhas de forma errada. O erro mais comum é deixar as extremidades laterais arrendondadas.
– Cortar a unha em excesso, mantendo-as muito pequenas, a ponto de ferir a pele.
– Variações anatômicas da unha, como no caso de unhas curvadas.
– Lesões traumáticas da unha.
– Infecção fúngica da unha (onicomicose) – Leia: MICOSE DE UNHA | Onicomicose
– Cortar as unhas de forma errada. O erro mais comum é deixar as extremidades laterais arrendondadas.
– Cortar a unha em excesso, mantendo-as muito pequenas, a ponto de ferir a pele.
– Variações anatômicas da unha, como no caso de unhas curvadas.
– Lesões traumáticas da unha.
– Infecção fúngica da unha (onicomicose) – Leia: MICOSE DE UNHA | Onicomicose
SINTOMAS DA UNHA ENCRAVADA
Na
maioria dos casos, a unha encravada ocorre no primeiro dedo do pé, o chamado
dedão. Os sintomas iniciais da unha encravada são leve dor, vermelhidão e
inchaço no canto do dedo. Conforme a unha vai crescendo, a pele ao redor se
expande e pode cobrir totalmente o canto da unha que está a feri-la. Com o
tempo, a ferida provocada se torna mais intensa, havendo agravamento dos
sintomas e drenagem de pus. A presença de secreção purulenta não indica necessariamente
uma infecção em curso, ela pode ser apenas uma reação do organismo contra a
agressão da unha sobre a pele. Todavia, se não tratada adequadamente, quanto
mais tempo a unha encravada permanece ferindo a pele, maior o risco de uma
infecção surgir no local.
A
unha encravada não costuma causar maiores problemas além do desconforto e da
dor. Porém, em alguns indivíduos ela pode ser o gatilho para infecções mais
graves, como nos casos dos pacientes com diabetes, problemas circulatórios ou
imunossuprimidos. Estes paciente têm dificuldades de cicatrização e possuem o
sistema imunológico mais fraco que o habitual. Neles, a unha encravada pode
provocar úlceras, celulites ou erisipelas (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento),
gangrena ou osteomielite (infecção dos ossos).
TRATAMENTO DA UNHA ENCRAVADA
O
tratamento para unha encravada depende da gravidade da lesão. O ideal é tratar
antes de uma grande inflamação surgir, pois sem dor é mais fácil manusear a
unha. Nos casos leves, o tratamento pode ser feito em casa pelo próprio
paciente, sendo fácil curar a unha encravada sem a necessidade de remédios,
pomadas ou cirurgias.
Uma
opção simples é usar um cotonete fino, pinça ou fio dental para tentar levantar
cuidadosamente a parte lateral da unha de forma a retirá-la debaixo da pele,
desencravando-a. Para evitar que a unha volte a encravar, tente colocar uma
pequena bolinha de algodão por baixo do canto da unha para ajudá-la a crescer
na direção correta. Se esse tratamento for feito bem no início do quadro, como
ainda não há inflamação importante ao redor, o processo é praticamente indolor.
Se a inflamação da unha estiver
sendo muito incômoda, outra opção é mergulhar o pé em água morna por 10 minutos
enquanto se tentar puxar suavemente com os dedos a pele úmida e amolecida no
canto do dedão, de forma a libertar a unha. Esse processo deve ser feito 3
vezes por dia por pelo menos 1 semana. Do mesmo modo, após secar o dedo,
coloque um pedacinho de algodão por baixo da unha para ajudar a direcionar o
seu crescimento. Troque o algodão a cada vez que ele ficar molhado.
Em ambos
os tratamentos, a unha costuma desencravar após 1 ou 2 semanas, conseguindo
crescer sem causar lesão à pele. Neste meio tempo, se não houver grande
inflamação, não corte a unha, permita que ela cresça o suficiente para ultrapassar
a região da pele que estava sendo ferida. Por outro lado, se já houver alguma
inflamação e dor, após levantar a ponta da unha, você pode cortá-la, para
interromper o processo de lesão da pele. Dias depois, quando a pele já não
estiver mais inflamada, use as dicas acima para impedir que a unha cresça
novamente em direção à pele, voltando a encravar.
Nos casos
mais severos, com intensa inflamação e secreção purulenta, a dor costuma ser
muito forte, dificultado a manipulação da pele e da unha. Se você não suporta a
dor, esse processo pode ser feito no consultório médico com anestesia local. Se
houver suspeita de infecção ou se o paciente tiver fatores de risco para
complicações, o ideal é remover cirurgicamente a parte lateral da unha que está
encravada. A cirurgia para unha encravada é muito simples e pode ser feita em
alguns minutos no próprio consultório. No pós-operatório, aconselha-se o
paciente a usar pomadas com antibióticos, geralmente à base de mupirocina.
Se a unha encrava com alguma
frequência, o tratamento cirúrgico pode ser um pouco mais abrangente, removendo
toda a parte lateral da unha, de forma a obrigá-la a crescer verticalmente, sem
encostar na pele ao lado. Nos casos mais graves, indica-se a destruição
química, por Laser ou cauterização de parte da unha e seu leito para evitar que
a mesma volta a crescer.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
https://podologaemsaojoaodaboavista.blogspot.com/
ResponderExcluirJóice Morita