Partiu da
base governista a articulação para que o secretário de Agricultura Familiar,
Adelmo Soares, fosse convocado para audiência pública na Assembleia
Legislativa. Tanto que o requerimento, de autoria do deputado Júnior Verde
(PRB), foi aprovado por unanimidade em plenário. E só entrou na pauta por que o
deputado Fábio Macedo (PDT) aproveitou-se da condição de presidente em
exercício para por a proposição em pauta.
Por trás
da questão envolvendo Adelmo – que já comprou briga com os próprios Macedo e
Verde por espaços de votação no interior – está uma guerra fratricida entre
deputados governistas e membros do governo Flávio Dino que pretendem disputar
as eleições de 2018.
E eles
são muitos: a começar pelo todo-poderoso secretário de Comunicação, Mário
Jerry, passando pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, são pelo menos 12
auxiliares-candidatos, em uma lista que tem nomes como Jeferson Portela e
Duarte Júnior, queridinhos do PCdoB.
E para
entrar na Assembleia, obviamente, esses pretensos deputados terão que ocupar a
vaga de alguém que esteja na Casa. Como é pouco provável que eles consigam
tirar as vagas consolidadas de oposicionistas, sobrará exatamente para os membros
do governo na Assembleia.
E nesse
jogo d gato e rato vale até jogar para a torcida, como o líder do governo,
Rogério Cafeteira (PSB), que se faz de desentendido publicamente ao falar sobre
o assunto, mas conspira nos bastidores contra os secretários-candidatos.
E a vida
de Adelmo Soares não será fácil na sabatina da Assembleia. É bom lembrar que,
com menos antipatia que ele na Casa, o secretário de Infraestrutura Clayton
Noleto foi tão bombardeado que abriu mão da candidatura a deputado federal.
Da
coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
Nenhum comentário:
Postar um comentário