A
divulgação de uma recente carta, por governadores de todo o Brasil, em apoio à
inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência, denota uma certeza:
o país inteiro já entendeu a necessidade da medida.
Remédio
amargo, mas necessário, definem alguns. Mesmo os governadores do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), e da Bahia, Rui Costa (PT), que não subscreveram o texto,
por divergências pontuais com a proposta original do governo Jair Bolsonaro
(PSL) – casos do Benefício de Prestação Continuada e da aposentadoria dos
trabalhadores rurais, por exemplo -, sabem que uma reforma é necessária.
É questão
de consciência. E de números, como os revelados a seguir pela coluna.
Mantido o
modelo atual, estados que já estão à beira do abismo despencarão de vez. E
mesmo unidades da federação como o Maranhão, que tinham uma situação fiscal
confortável há quatro anos, começam a sentir os efeitos daninhos do
desequilíbrio.
Na semana
passado, Dino deu o tom do seu posicionamento. Quer a reforma, mas com mudanças
ao texto original. – Essa reforma que está tramitando eu não apoio. Precisa
melhorar muito. Em melhorando, é claro que regime previdenciário dos servidores
tem que ser para todos – disse.
Bancarrota I –
Ainda crítico de pontos da Reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro
(PSL), o governador Flávio Dino (PCdoB) já sabe que, sem ela, o destino do
Maranhão é a bancarrota.
No fim do
mês de março deste ano, a Seplan publicou um “Demonstrativo da Projeção
Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores”.
O
documento contém uma projeção dos resultados previdenciários do Estado até
2091.
Bancarrota II –
Segundo esses dados – e se mantidas as regras atuais -, já em 2022, último ano
do governo Flávio Dino, o déficit acumulado da Previdência estadual será de R$
3,1 bilhões.
Um baque
e tanto para quem assumir depois dele. Em 2091, esse déficit já estará em R$
8,5 bilhões.
A
solução, é claro, parece ser o aumento da idade de entrada no sistema.
Estado Maior
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