domingo, 4 de abril de 2021

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO

Jesus Cristo era um carpinteiro que vivia um grande dilema, pois era ele quem fazia as cruzes com as quais os romanos crucificavam seus oponentes e os judeus. Resumindo, Jesus se sentia como um judeu que matava judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decidiu ir para o deserto, mas antes pediu perdão a Maria Madalena, que se irritou com Ele, pois ela não se comportava apenas como uma prostituta, mas sim como uma mulher que queria sentir um homem ao seu lado. Pois bem, Jesus foi para o deserto, mas ao retornar, estava convencido de que era o filho de Deus e logo salvou Maria Madalena de ser apedrejada e morta por alguns metidos a honestos. Ninguém teve a coragem de atirar a primeira pedra. Então, Jesus reuniu doze discípulos à sua volta e passou a pregar o amor, todavia, os seus ensinamentos foram encarados como algo ameaçador, por isso foi preso e condenado a morrer na cruz. Pilatos, Herodes, Anás, Caifás e o povo da praça, foram o seu tribunal. Porém, Já crucificado e sentindo muita dor, começou a imaginar como teria sido a sua vida se fosse uma pessoa comum. Essa imaginação de Jesus homem é contada por Nikos Kazantzakis no seu livro. O livro virou filme, o filme trouxe Jesus Cristo como um homem comum, encarnado num Messias contraditório, frágil e perturbado, que se autoproclamava filho de Deus. Suas pregações na Judeia, então colônia romana, chocavam e incomodavam o governo, por isso decidiu se livrar dele. Na cruz, Jesus começou a imaginar como seria sua vida se, ao invés de assumir o peso da salvação dos homens, tivesse levado uma vida comum com esposa e filhos. Por fim, como sou cristão católico e me choquei com o conteúdo da grandiosa obra literária, assista ao filme antes de me mandar para o inferno. O filme foi lançado em 12 de agosto de 1988 nos EUA, se você já assistiu a esse drama no cinema ou na TV, não assista novamente. Porém, se assistir, faça com os olhos da razão voltados para as falhas humanas.

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