Desde 2011, o Ministério da Saúde registrou
um aumento nos casos de coqueluche
no Brasil. A doença atinge pessoas de todas as idades, mas é mais comum em
bebês com até dois anos, pois eles têm o sistema imunológico mais frágil e
ainda não passaram por todo o ciclo de vacinação. A vacina tríplice bacteriana (DPT)
é a forma mais eficaz de prevenir a coqueluche, mas para garantir que ela se
mantenha longe dos pequenos, os adultos devem fazer um reforço a cada 10 anos.
O que é coqueluche?
Também conhecida como tosse comprida ou tosse braba,
a coqueluche é causada pela bactéria
Bordetella pertussis, que ataca o sistema respiratório e
provoca uma tosse seca e persistente, além de dificultar a respiração. Ao
tossir ou espirrar, a pessoa infectada libera pequenas gotículas cheias de
bactérias, que ficam suspensas no ar e tornam a doença altamente contagiosa.
Sintomas
Os primeiros sintomas da coqueluche aparecem entre 6 e
21 dias após a contaminação e inicialmente são parecidos com os de um resfriado,
mas podem durar até dois meses. Os constantes acessos de tosse provocam falta
de ar e podem deixar os lábios e unhas azulados, ocasionar vômito e levar à
perda de consciência breve devido à falta de oxigenação.
Vacina contra coqueluche
No Brasil, a vacinação é feita nos primeiros
meses de vida (2, 4 e 6 meses), com a quarta dose entre 15 e 18 meses e um
reforço aos cinco anos. Com o passar do tempo, o efeito da vacina diminui e as
pessoas voltam a ser suscetíveis à bactéria. Para manter a proteção é preciso
vacinar-se a cada 10 anos. A única forma efetiva de prevenção é a vacinação.
Adolescentes e adultos devem tomar as doses de reforço, principalmente aqueles
que convivem com bebês.
Pessoas que têm a bactéria, mas não
desenvolvem os sintomas, transmitem a infecção a terceiros, principalmente
àqueles que não foram vacinados ou que não completaram o esquema vacinal. De
acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), das doenças preveníveis por
vacina, a coqueluche é a quinta maior causa de morte em crianças menores de
cinco anos.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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