Foi
estranha a forma como a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) se
posicionou a respeito de ataques pessoais e profissionais desferidos contra a
juíza Anelise Reginato, que decretou a inelegibilidade do governador Flávio
Dino (PCdoB) por abuso de poder cometido em 2016 na eleição para a Prefeitura
de Coroatá.
Questionada
diante das ofensas sofridas pela juíza, a entidade, por meio de sua assessoria,
informou que só se posicionaria após reunião da Direção Executiva (sem data
para ocorrer). Mas na manhã de ontem acabou por divulgar nota repudiando os
ataques contra a magistrada. O apoio, contudo, só veio após nota da juíza
Anelise Reginato se desligando da AMMA, alegando omissão da entidade em sua
defesa.
No
cruzamento das notas, estranha-se as declarações do presidente da associação,
Augusto Santos, ao afirmar que a juíza estava tendo toda a assistência da
entidade. Mas por qual motivo Anelise Reginato pediria desfiliação da AMMA se “toda
a assistência” estava sendo prestada?
O fato é
que a nota na AMMA “a favor” da magistrada somente foi emitida após pressão da
opinião pública e do próprio ato de Reginato de se desligar da associação. A
defesa, contudo, não fez qualquer referência ao fato de o governador Flávio
Dino ter chamado publicamente a decisão da juíza eleitoral de “frágil” e
“factoide”.
Certamente,
a magistrada esperava mais.
Sem
reunião – Não
foi necessário uma reunião da Diretoria Executiva para que a AMMA emitisse nota
em defesa da juíza Anelise Reginato.
A
repercussão negativa causada pelo silêncio da entidade teria sido o real motivo
que resultou na declaração de apoio à magistrada.
Quanto à
ofensa de Flávio Dino chamando a decisão “factoide”, a associação decidiu
apenas ignorar.
Estado
Maior
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