quinta-feira, 25 de março de 2021

MARANHÃO DEMORA MAIS DE 30 DIAS PRA ATUALIZAR NOTIFICAÇÕES DE ÓBITOS DIZ FIOCRUZ

 


O Maranhão tem mais um dado vergonhoso no combate a pandemia da Covid-19. Se já não bastasse ser um dos estados que menos vacina, o Maranhão é um dos estados que mais atrasa as notificações de óbitos.

De acordo com um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Maranhão é o terceiro estado brasileiro que mais atrasa as notificações de óbitos. Em média são 34,1 dias entre a data da morte e a notificação. O Maranhão só está a frente de Alagoas que tem média de 47,5 dias e o Amapá com 34,8 dias.

“Os dados de mortes não são atuais e a situação deve piorar nas próximas semanas. Alguns municípios ainda estão na virada de janeiro para fevereiro. Não pegaram ainda o período do Carnaval e seus efeitos de contágio. E também não incluem o momento atual, que tem a situação de colapso da rede de saúde de vários estados com lotação superior a 80% nas UTIs para Covid-19. Esses dados podem demorar, porque, quando o sistema de saúde entra em colapso, o sistema de notificação entra junto. Infelizmente, a expectativa é que o cenário ainda piore bastante”, afirmou o pesquisador Diego Xavier da Fiocruz.

Em apenas cinco estados a comunicação é feita com intervalos menores que dez dias e, entre eles, só um está entre os mais populosos: Minas Gerais, que informa em 7,8 dias. O mais ágil é o Mato Grosso do Sul: 1,4 dias.

O problema é que o atraso de mais de 30 dias da notificação do óbito, acaba não passando a realidade do momento que o estado, e consequentemente o Brasil, estão vivendo atualmente.

Sendo assim, não se tem nem como mensurar se as medidas restritivas adotadas estariam ou não surtindo o efeito desejado.

Vale lembrar que somente agora, depois de um ano de pandemia, o governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou que está contratando dois técnicos de enfermagem e um digitador para cada município maranhense com menos de 50 mil habitantes. Serão 191 municípios que receberão a ajuda do Governo do Maranhão, que contratará 573 profissionais (reveja)



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